O ataque desta segunda-feira deixou uma aluna de 17 anos morta e três estudantes feridos. Um segundo suspeito, de acordo com a polícia, está foragido.
Ameaça e rotina de agressões
As investigações apontam que o adolescente de 16 anos contou à mãe, em abril deste ano, que vinha recebendo ameaças on-line de pessoas que pareciam ser de “grupos rivais”. As ameaças eram feitas nas redes sociais.
Um boletim de ocorrência registrado pelo adolescente, em 24 de abril, menciona que o jovem foi agredido por “diversos alunos”, não identificados, da Escola Estadual de Sapopemba, a mesma onde ocorreu o ataque desta segunda-feira (vídeo acima).
O Metrópoles localizou dois registros, em vídeo, nos quais o adolescente é agredido. Um deles seria do caso registrado no B.O. Já o outro ocorreu no bairro da Liberdade, na região central da capital paulista.
Segundo alunos da escola, o adolescente era alvo de bullying por ser homossexual. Esse teria sido o motivo para o ataque desta segunda-feira.

Grupos rivais
Em alguns vídeos postados no TikTok e Instagram, o adolescente aparece chorando após sofrer violência física. As redes sociais eram usadas por ele, seus seguidores, e um grupo rival para alimentar as desavenças entre os jovens.
De acordo com o registro da ocorrência, “a vítima [autor do ataque] tem muitas visualizações de tudo o que lhe acontece”. Além disso, segundo o B.O., “as agressões sofridas pela vítima se generalizaram na internet, e foi percebido que os agressores ganharam muitos seguidores”. Por fim, o estudante diz à polícia que “teme por sua integridade física e que as ameaças se espalhem”.
Segundo a família do adolescente, o Conselho Tutelar e a Diretoria de Ensino foram procurados na ocasião da denúncia. Acionada, a Secretaria de Estado da Educação não se manifestou. O espaço está aberto.
O ataque
Uma aluna de 17 anos morreu e dois estudantes ficaram feridos nesta segunda-feira. Um quarto jovem se machucou ao cair enquanto tentava fugir.
“Começou com dois barulhos de bomba. Pessoal gritando, saindo correndo. Eu pensei: ‘Meu Deus, deve ter acontecido alguma coisa’”, disse um aluno ouvido pelo Metrópoles.