A Defesa Civil da cidade de Caraá, no Rio Grande do Sul, anunciou neste domingo, 18, que mais duas pessoas morreram em decorrência do ciclone extratropical que atinge o Estado desde sexta-feira, 16. Com isso, subiu para 13 o número de mortos devido à tragédia climática. Houve vítimas fatais nas cidades de Maquiné (3), São Leopoldo (2), Esteio (1), Novo Hamburgo (1), Gravataí (1), Bom Princípio (1) e São Sebastião do Caí (1), além de Caraá, agora com 3.
A pequena cidade gaúcha, de apenas 8 mil habitantes, também concentra as quatro pessoas que ainda estão desaparecidas. As fortes tempestades que atingiram o Sul do país — Santa Catarina também foi castigada, mas com menos intensidade — deixaram ao menos 3.713 pessoas desabrigadas e 697 desalojadas.
Além de provocar alagamentos e deslizamentos, levar bens como carros e danificar casas, o ciclone que passa pelo Rio Grande do Sul deixou 59 mil pontos sem energia elétrica, de acordo com a Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE). As áreas mais afetadas foram a Região Metropolitana de Porto Alegre, com 42 mil clientes, e litoral norte do Estado, com 14 mil. As cidades com mais casas sem luz são Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Caraá, Santo Antônio da Patrulha, Balneário Pinhal e Tramandaí.
No sábado, 17, o governador Eduardo Leite (PSDB) e os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, sobrevoaram as regiões atingidas pelo ciclone. Góes pediu aos prefeitos rapidez na elaboração de um plano de trabalho para a liberação de recursos que ajudem na recuperação do Estado.