O esgoto a céu aberto é uma realidade para uma parcela considerável da população. De acordo com dados do Instituto Trata Brasil, mas da metade dos portovelhenses não têm acesso ao serviço de coleta de esgoto. Cerca de seis em cada dez pessoas na capital não têm acesso a saneamento básico, em razão desse fator aparecem os prejuízos desse cenário alarmante. Diante dos benefícios proporcionados por esse serviço, é difícil imaginar como mais da metade da população de Porto Velho ainda tem que lidar com a ausência de saneamento básico. A falta de saneamento básico faz com que essas pessoas tenham sua saúde e qualidade de vida diretamente afetadas. Além de evitar doenças e a poluição das águas.
Entre uma das vantagens mais interessantes está a melhoria nos índices de educação. Pessoas com acesso ao saneamento tem, em média, dois anos a mais de formação escolar, quando comparadas a quem não mora em locais atendidos pelos serviços. A razão para isso, entre outros aspectos, é que quem mora em locais com esgoto a céu aberto sofre mais com doenças e acaba perdendo mais dias de aula. Para crianças em situação vulnerável, esse número tende a ser ainda mais prejudicial, já que educação de qualidade costuma ser um dos principais mecanismos para a diminuição da desigualdade social.
Quais são os principais prejuízos do esgoto a céu aberto?
Se alguns efeitos do esgoto a céu aberto só são sentidos a longo prazo, outros são imediatos, o que reforça a necessidade de solucionar esse problema o quanto antes. A seguir, detalhamos quais são os principais prejuízos sofridos por quem não tem os serviços de coleta e tratamento de esgoto à disposição. São inúmeras as doenças de veiculação hídrica causadas pelo descarte incorreto do esgoto gerado nas residências. Muitos micro-organismos (protozoários, vírus, bactérias e parasitas) têm sua proliferação favorecida pela ausência de saneamento, o que acaba expondo quem mora nessas regiões a diversas enfermidades — e muitas delas podem ser fatais.
Entre as principais doenças transmitidas pela ausência de tratamento de água e esgoto estão:
- diarreias, principalmente as causadas por bactérias E.coli;
- amebíase;
- cólera;
- leptospirose;
- disenterias;
- hepatite A;
- esquistossomose;
- febre tifoide;
- ascaridíase;
- toxoplasmose.
O meio ambiente, em especial, lagos, rios e córregos, também sofrem diretamente com o esgoto lançado de forma incorreta. Isso inclui os seres vivos que habitam esses ecossistemas. Além de prejudicar a utilização desses recursos naturais pelos humanos, a presença de esgoto na água aumenta a sua oxigenação, o que pode causar a morte de peixes e de outras formas de vida aquáticas.
Isso sem falar no odor desagradável gerado pelo lançamento incorreto dos resíduos na natureza, algo que quem mora em bairros mas afastados da aérea central, já convive diariamente ao circular próximo aos canais que cortam as principais avenidas da cidade, como por exemplo um córrego que atravessa as avenidas Venezuela e Buenos Aires, entre outras no bairro Nova Porto Velho na capital, para quem passa e ver o cenário e o mal cheio acaba incomodando, porém os moradores dessas regiões, tem que se conscientizar em não jogar lixos e nem resíduos por que de certo modo acaba prejudicando outras pessoas.
Por outro lado as nossas autoridades municipais tem que fazer um trabalho de fiscalização nesses pontos que já são conhecidos e assim fazer limpezas constantes e orientar os moradores a não jogar lixos nos canais, por que além de causar sérios riscos a saúde ainda pode entupir a vazante e e assim deixa a água parada e no tempo das chuvas, causar inundações.