O número de mortos subiu para 58 nesta segunda-feira, 24, no leste do Quênia. A operação é realizada pela polícia queniana em uma investigação sobre a morte de seguidores de uma seita religiosa. As informações foram passadas pela polícia à AFP. Charles Kamau, chefe de investigações criminais do subcomitê de Malindi (leste do país), informou que as buscas na região continuam.
Os policiais chegaram ao local após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum. Muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata. Os corpos de outros quatro adeptos da seita foram encontrados na semana passada. A seita faz parte da Igreja Internacional da Boa Nova (Good News International Church, em inglês), liderada por Paul Makenzie Nthenge, que teria incentivado seus seguidores a jejuar para “conhecer Jesus”. Nesse domingo, 23, uma mulher foi encontrada pelas autoridades e transferida em uma ambulância para um hospital da região, ela estava com os olhos esbugalhados e recusando-se a ingerir alimentos.
Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após receberem ajuda na região conhecida como Shakahola. Paul Makenzie Nthenge, líder da seita, compareceu à polícia no dia 15 de abril, antes de ser preso. Segundo informações de uma fonte policial, Nthenge está fazendo uma greve de fome e “está orando e jejuando”, na prisão.
De acordo com a imprensa queniana, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos. A polícia do Quênia indicou em relatório que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral”.
Com informações do O Povo