Os partidos que apoiam a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediram nesta quarta-feira (15) às associações que representam as emissoras de TV e as empresas jornalísticas que os veículos de mídia se organizem em “pools” para a realização dos debates entre os presidenciáveis. Eles também pedem um limite de três encontros.
As legendas alegam que o tempo para a realização de campanha em 2022 é curto, o que tornaria inviável a realização de todos os dez debates que estão, atualmente, sendo propostos pelas empresas e entidades de classe e religiosas.
“Dentro do exíguo período de 45 dias de campanha eleitoral, determinado pela legislação em vigor, tal programação de debates, concentrados na capital de São Paulo, é incompatível com a agenda política e a realização de atos públicos de campanha, que exigem deslocamentos pelas 27 unidades da federação”.
Por isso, os partidos defendem a realização de até três debates nacionais, o que permitiria a “contribuição das emissoras para o processo eleitoral, preservando a mobilidade dos candidatos para o diálogo democrático e direto com a população e seus aliados regionais”.
Eles dizem reconhecer que os debates “contribuem para informar os eleitores e enriquecer o processo eleitoral”.
“Diante dessa realidade, sugerimos aos jornais e emissoras de rádio e TV, por meio de suas representações nacionais, que se organizem em pool para a realização de um número razoável de debates, como acontece em outros países de tradição democrática”, dizem os partidos.
A sugestão foi formalizada por meio de um ofício assinado pelos presidentes e porta-vozes do PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede e Solidariedade. O documento foi endereçado a Flávio Lara Resende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), e a Marcelo Antônio Rech, que comanda a Associação Nacional de Jornais (ANJ).
*Publicado por Estêvão Bertoni