Um grupo bipartidário de senadores anunciou neste domingo (12) um acordo para a legislação sobre a segurança de armas. O comunicado do grupo de senadores diz que o acordo fala de recursos necessários sobre saúde mental, melhora da segurança escolar e apoio a alunos, além da garantia de que criminosos perigosos e aqueles que são diagnosticados com problemas mentais não possam comprar armas.
O anúncio inclui o apoio de dez senadores republicanos, o que daria à proposta apoio suficiente para superar a obstrução do Senado. O acordo é significativo porque os legisladores americanos estão divididos sobre a questão das armas, mas o texto legislativo oficial ainda não foi escrito.
A proposta inclui apoio a ordens de intervenção do Estado em crises, financiamento para recursos de segurança escolar, um processo de revisão aprimorado para compradores menores de 21 anos e outras penalidades.
O grupo de senadores republicanos que participam do acordo são John Cornyn do Texas, Thom Tillis e Richard Burr da Carolina do Norte, Roy Blunt do Missouri, Bill Cassidy da Louisiana, Susan Collins do Maine, Lindsey Graham da Carolina do Sul, Rob Portman do Ohio, Mitt Romney de Utah e Pat Toomey da Pensilvânia.
Os senadores democratas no que assinam o acordo são Kyrsten Sinema e Mark Kelly, do Arizona, Chris Murphy e Richard Blumenthal, de Connecticut, Cory Booker, de Nova Jersey, Chris Coons, de Delaware, Martin Heinrich, do Novo México, Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, e Debbie Stabenow, de Michigan. Também inclui o senador Angus King do Maine, um independente que participa de caucus com os democratas.
Ainda assim, o acordo seria significativo, dado o quanto os legisladores estão divididos sobre a questão das armas, mesmo após uma série de tiroteios em massa devastadores, incluindo um que matou 19 crianças e dois professores em uma escola primária em Uvalde, Texas.
Uma fonte com conhecimento das discussões disse que os negociadores esperavam que dez senadores republicanos assinem o acordo antes de ser anunciado, a fim de mostrar que podem superar o limite de 60 votos.
O Senado está atualmente dividido igualmente entre as conferências Democrata e GOP com 50 cadeiras cada.
O presidente Joe Biden agradeceu aos idealizadores da proposta.
“Quero agradecer ao senador Chris Murphy e aos membros de seu grupo bipartidário, especialmente aos senadores Cornyn, Sinema e Tillis, por seu incansável trabalho para produzir esta proposta. Obviamente, não faz tudo o que eu acho que é necessário, mas reflete passos importantes na direção certa e seria a legislação de segurança de armas mais significativa a ser aprovada no Congresso em décadas”, afirmou Biden, que continua.
“Com apoio bipartidário, não há desculpas para o atraso, e não há razão para que não deva passar rapidamente pelo Senado e pela Câmara. A cada dia que passa, mais crianças são mortas neste país: quanto mais cedo chegar à minha mesa, mais cedo posso assiná-lo e mais cedo poderemos usar essas medidas para salvar vidas”, concluiu o presidente no agradecimento.