Na manhã deste sábado (14), a Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Jair Bolsonaro. Braga Netto, que também foi candidato a vice-presidente na chapa do ex-mandatário nas eleições de 2022, foi detido em sua residência no Rio de Janeiro. A ação faz parte das investigações que apuram a tentativa de golpe de estado.
Após a prisão, confirmada pela Polícia Federal à CNN, o ex-ministro foi conduzido à sede da PF no Rio de Janeiro, onde realizou exames de corpo de delito. A previsão é que ele seja transferido para o Comando Militar do Leste (CML), também na capital fluminense, onde deverá permanecer à disposição da Justiça.
O general é acusado de envolvimento em articulações antidemocráticas que vieram à tona após as eleições de 2022, culminando nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília. As investigações vêm apontando um núcleo estratégico que teria planejado ações para desestabilizar o resultado eleitoral e a transição de governo.
Braga Netto, considerado uma figura de alta confiança de Bolsonaro, desempenhou papéis de destaque durante o governo, incluindo a supervisão de medidas de segurança e políticas institucionais. Sua prisão é um desdobramento significativo no esforço das autoridades em responsabilizar líderes e participantes de movimentos antidemocráticos.
O caso reforça o compromisso das instituições brasileiras com a defesa do Estado Democrático de Direito e envia um recado claro sobre a impunidade de ações que ameaçam a ordem constitucional. Mais detalhes sobre as provas e as acusações específicas contra o general devem ser divulgados nas próximas etapas do processo.