No pátio de chão batido da escola indígena Anomãe, as crianças e adolecentes indígenas da etnia Tupari e Boatt Gearinny, ouviram da assistente social Joicy Karla Mancini de Oliveira e da psicóloga Elisangela Sobreira de Oliveira, formas de identificar e prevenir abusos ou violência sexual. A ação fez parte de uma série de palestras que o Núcleo Psicossocial da comarca de Alta Floresta d’Oeste cumpriu em alusão à campanha Maio Laranja, de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Durante todo o mês de maio, por conta do dia 18, considerado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, são desenvolvidas campanhas e projetos neste sentido por todo o Judiciário brasileiro. Em Rondônia, cada comarca programou atividades reflexivas, como a que ocorreu em Alta Floresta d’Oeste. De uma maneira lúdica, as profissionais do Judiciário buscaram desenvolver atividades que conscientizassem os alunos da escola indígena sobre possíveis situações de abuso e como procurar ajuda.
As palestras também foram realizadas em outras escolas da rede municipal de ensino tais como Escola Colégio Tiradentes, da Polícia Militar e a Escola Municipal 17 de junho, que ficam na cidade de Alta Floresta d’Oeste e a Escola Rural Boa Esperança, no Distrito Vila Marcão. As atividades tiveram o apoio da juíza substituta, que está responsável pela comarca, Ane Bruinjé.
Oficina
No dia 30 de maio, o Nups da comarca aplicou a I Oficina de Escuta Especializada, voltada aos componentes de redes de proteção à infância, tais como Conselho Tutelar, equipes de saúde, educação e assistência social. A mesa de autoridades contou com a presença e participação da Defensoria, Delegacia, Ministério Público e Prefeito Municipal.
A rede de proteção ainda está em processo de organização e formação do Comitê que dará início aos procedimentos da escuta especializada, que consiste em entrevista sobre uma possível situação de violência contra a criança ou adolescente com objetivo de garantir a proteção e o cuidado da vítima, podendo ser realizada por intuições ligadas à rede, profissionais da educação, da saúde, conselhos tutelares, serviços de assistência social, dentre outros.
A oficina ocorreu no auditório do Fórum de Alta Floresta d’Oeste, com cerca de cinquenta participantes. “Todos eles se tornam aliados nossos no combate a essa triste realidade que muitas de nossas crianças enfrentam”, explicou a psicóloga Elisangela Sobreira de Oliveira.
Assessoria de Comunicação institucional