Um crime brutal que comoveu o país teve seu desfecho trágico confirmado pela Polícia Civil da Paraíba. O homem identificado como Davi Piazza Pinto confessou ter assassinado o próprio filho, um menino de 11 anos, que era autista e possuía deficiência visual, e em seguida transportado o corpo em um carro de aplicativo até uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa (PB), onde o enterrou.
O corpo da criança foi encontrado na noite de sábado (1º), parcialmente enterrado e dentro de um saco plástico, após intensas buscas realizadas por equipes da Polícia Militar e da Polícia Científica. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), o menino morreu por asfixia mecânica provocada por sufocação. O corpo foi liberado para sepultamento no domingo (2) e deverá ser enterrado nesta segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo, em João Pessoa.
As investigações revelaram que Davi, que morava em Santa Catarina, havia viajado até a Paraíba com a justificativa de tentar se reaproximar do filho, que vivia com a mãe. Na sexta-feira (31), ele buscou a criança para passar o dia juntos. No entanto, após algumas horas, o menino desapareceu, gerando desespero e mobilizando familiares e autoridades em buscas intensas pela cidade.
O caso teve uma reviravolta chocante no domingo (2), quando Davi ligou para a mãe da vítima, confessou o assassinato e revelou o local onde havia enterrado o corpo. Em seguida, ele se apresentou espontaneamente em uma delegacia de Florianópolis (SC), onde foi preso.
“Ele afirmou que matou o filho e contou onde havia ocultado o corpo. Foi até a delegacia em Florianópolis e se apresentou”, informou o delegado Bruno Germano, responsável pela investigação.
Peritos do Instituto de Polícia Científica constataram que a vítima apresentava uma queimadura no ombro, possivelmente causada pela exposição ao sol após a morte.
A Polícia Civil da Paraíba segue investigando as motivações e circunstâncias exatas do crime, que gerou profunda comoção e revolta em todo o país. O caso levanta debates sobre saúde mental, violência doméstica e a vulnerabilidade de crianças com deficiência.
Autoridades destacam que o assassinato do menino representa um dos episódios mais tristes e impactantes registrados nos últimos anos no estado, pela crueldade e pela quebra do vínculo mais sagrado: o amor entre pai e filho.