No Brasil, quatro em cada 10 pessoas afirmam receber notícias falsas todos os dias. O número é ainda maior entre os brasileiros que se preocupam em cair em fake news ou que seus parentes caiam. Nesse cenário, o índice sobe para 65%.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Poynter Institute, escola de jornalismo e organização de pesquisas americana, e conta com apoio do Google.
Além do Brasil, foram entrevistadas pessoas dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Nigéria, Índia e Japão. A pesquisa contou com 8,5 mil participantes, mais de mil no Brasil.
Dentre os que compartilharam acidentalmente informações erradas em algum momento, 43% dos brasileiros afirmaram já ter enviado um post, vídeo, imagem ou notícia e só mais tarde terem percebido que se tratava de fake news.
Segundo a pesquisa, os jovens são os mais propensos a assumir o envio, em especial a Geração Z – aqueles que têm entre 18 e 25 anos.
Ao mesmo tempo, os mais novos são os que verificam com maior frequência as informações encontradas nas redes, principalmente em buscadores e aplicativos de mensagens, como Facebook, WhatsApp e Telegram.
Para isso, verificam se a fonte é confiável, conferem a data de postagem e usam o Google para saber mais sobre a postagem ou quem a compartilhou.
O método mais usado pelos brasileiros para checar notícias no Google é incluindo palavras como “notícias falsas”, “propaganda” e “legítima” junto com as informações, para identificar possíveis fake news.
A plataforma também financia o projeto Comprova, uma iniciativa colaborativa de fatos formada por 43 veículos de comunicação liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, a Abraji.
Ao decidir se a informação é verdadeira, mais da metade dos entrevistados no Brasil (55%) considera importante saber a pessoa que postou a informação.
O apoio de fontes e fatos e a lógica das conclusões também são fatores cruciais para os brasileiros decidirem se determinado conteúdo é falso ou não.
Para as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral mantém desde 2020 uma página especial para desmentir fake news, chamada de “Fato ou Boato”.
A iniciativa reúne notícias verificadas sobre votos, urnas eletrônicas e demais desinformações para “enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia”, como afirma o site do TSE.
FONTE: CNN BRASIL