Deputados federais discutiram durante uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Casa sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos durante uma abordagem de policiais rodoviários federais.
A discussão começou quando a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) falava durante a sessão, que recebeu o ministro da Justiça Anderson Torres para falar sobre o tema.
Em seu discurso, Petrone citou a ação policial na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que resultou em 28 mortes, e o desaparecimento do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira no Amazonas.
“Estou falando do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Philips, que lamentavelmente na região do Vale do Javari, área conhecida pela atuação de garimpeiros, pescadores ilegais, narcotraficantes”, disse Petrone.
Ela, então, foi interrompida pelo deputado José Medeiros (PL-MT), que afirmou que ela deveria “falar no tema”, e Petrone disse que “gostaria de ter minha palavra respeitada”.
Então, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) passou a se dirigir a Medeiros, chamando-o de “idiota”, e os dois começaram a discutir. O bate boca foi encerrado pelo presidente da Comissão, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
À CNN, Medeiros disse que interferiu no discurso de Petrone porque ela fugiu do tema da audiência pública, sobre o caso Genivaldo. Já Petrone disse que o deputado tentou silenciá-la em uma atitude de expurgar a mulher do espaço de poder.
Também à CNN, Teixeira disse que se “insurgiu” porque achou a atitude de Medeiros machista contra uma parlamentar.