A cidade de Vilhena, localizada no cone sul do estado de Rondônia, foi palco de uma história marcada por violência e infelizmente, um desfecho trágico. Um homem identificado como Marcos Eduardo Machado de Lima, conhecido como “Cabeça de Machado”, foi encontrado por crianças, morto na noite de quinta-feira (20), dentro de um igarapé localizado rua Marcos da Luz, bairro São José, em Vilhena, interior do Estado de Rondônia. Sua trajetória repleta de ataques contra sua vida , revela um jovem que enfrentou o perigo de frente, mas que não conseguiu escapar de um destino cruel.
Marcos Eduardo já havia sobrevivido a duas tentativas de homicídio há três anos. A primeira ocorreu no bairro Cidade Verde, onde foi atingido por sete disparos de pistola calibre .380. Dois homens em uma motocicleta dispararam mais de dez vezes contra ele. Apesar de sobreviver, uma bala alojada em sua medula o deixou com dificuldades permanentes para caminhar. Meses depois, ele sofreu outro ataque, desta vez no Setor 17. Embora tenha sido atingido por menos tiros, os danos foram mais graves: pulmão e intestino perfurados e a necessidade de retirar o baço. Mesmo após esses episódios, Marcos tinha medo de sair e ser atacado novamente.
No dia 12 deste mês, Marcos saiu da casa de sua mãe, localizada na avenida 1º de Maio, e não deu mais notícias. A família registrou o desaparecimento dois dias depois e iniciou buscas. Dez dias após seu sumiço, seu corpo foi encontrado com marcas que sugerem perfurações de faca, indicando um possível homicídio. Marcos enfrentava problemas de dependência química desde a adolescência, além de esquizofrenia, que agravava sua condição. Ele chegou a ser internado por dois anos em uma clínica de reabilitação, mas voltou a usar drogas logo após retornar para Vilhena. Sua rotina era dividida entre as ruas e breves visitas à casa da mãe, onde se alimentava e tomava medicamentos.
A autoria do assassinato ainda é desconhecida, mas há indícios de envolvimento de uma facção criminosa. Marcos havia identificado membros de uma facção como responsáveis por uma das tentativas de homicídio que sofreu no passado. A relação de sua morte com o tráfico de drogas é uma hipótese que ainda precisa ser confirmada pelas investigações. A mãe de Marcos, em estado de choque, não conseguiu reconhecer o corpo, que foi retirado das águas pela Funerária de plantão. O relato da família e as evidências levantadas até o momento são as principais fontes para entender o que aconteceu.
*Com informações do site Folha Sul Online