O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) interrompeu, nesta segunda-feira (21), por alguns minutos, um debate feito por uma comissão de juristas sobre modificações a serem sugeridas na lei do impeachment e criticou o processo que levou à cassação da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Girão criticou, ainda, o que chamou de “ativismo judicial” e “invasão de competência” do Judiciário dos Poderes Legislativo e Executivo.
A reunião da comissão de juristas trabalha, desde o início do ano, em debates técnicos para elaborar um texto a ser apresentado ao Senado para atualizar a lei do impeachment, que data de 1950. Participam do colegiado diversos especialistas. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside a comissão.
Nenhum congressista estava na reunião até que Girão chegou e pediu a palavra ao ministro Lewandowski. O senador atribuiu o que chamou de “caos” na sociedade brasileira à decisão do Senado Federal de manter os direitos políticos de Dilma, apesar de tê-la cassado. À época, a decisão dos parlamentares causou polêmica e foi alvo de críticas de setores da direita.