Para qualificar os profissionais de saúde da zona rural de Porto Velho e aprimorar o atendimento oferecido à população, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) realizou, entre os dias 16 a 20 de outubro, uma capacitação em prevenção e combate à hanseníase para os servidores que atuam nos distritos do baixo Madeira: São Carlos, Nazaré e Calama
A ação foi executada pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) em conjunto com a Divisão Gestora de Educação Permanente (DGEP), e reuniu uma série de profissionais das Unidades Básicas de Saúde da Família (USF) São Carlos, Benjamim Silva e Maria Nazaré da Silva. Entre eles: médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, técnicos, Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE).
O treinamento tratou sobre a importância do exame e da identificação precoce de casos, formas de combate e prevenção, além do enfrentamento à quebra do estigma, que é uma forma de preconceito contra a doença. Todos trabalhados de forma didática, onde os servidores puderam reunir os conhecimentos teóricos adquiridos no curso à prática e trocar experiências.
ATENDIMENTO
Além das ações de educação em saúde, foi oportunizada à população da localidade ribeirinha atendimento a pacientes em tratamento, onde foi realizada avaliação neurológica simplificada, orientações sobre autocuidado e prevenção de incapacidades, bem como examinados seis contatos intradomiciliares e feito teste rápido em hanseníase com cinco destes contatos.
De acordo com a coordenadora municipal da hanseníase da Semusa, Sheila Arruda, o objetivo é capacitar os profissionais com foco nas melhorias dos serviços prestados a toda população de Porto Velho, desde a zona urbana até a rural. “Ações como esta são muito importantes para fortalecer o combate e controle da doença em toda cidade, principalmente em localidades mais distantes da capital, possibilitando a educação em saúde e aperfeiçoamento dos profissionais, com foco na melhoria dos serviços ofertados à população. Promover um diagnóstico precoce, prevenir contra possíveis sequelas da doença, quebrar a cadeia de transmissão e combater o estigma contra a doença estão dentro das nossas principais prioridades. Vale sempre ressaltar que a hanseníase tem cura e tratamento”, afirma a coordenadora.
HANSENÍASE
Segundo o Ministério da Saúde (MS) a hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica, que atinge a pele, os braços e as pernas, podendo também ocasionar lesões neurológicas como fraqueza ou formigamento na face, nas mãos ou nos pés. Ela pode ser transmitida por meio do contato prolongado com pessoas já infectadas, e que não estejam em tratamento.
Os principais sinais e sintomas da doença são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Podem surgir caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos. Quando descoberta tardiamente, a patologia pode deixar sequelas como deformidades e incapacidades físicas.
TRATAMENTO
A hanseníase tem cura e o tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita. Em Porto Velho, as unidades de saúde disponibilizam diagnóstico e tratamento com medicamentos, considerados seguros e eficazes.
Texto: Jainni Victória (sob supervisão de Luciane Gonçalves)
Foto: Semusa
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)