Fabíola reconheceu o erro, mas defendeu a intenção: “Eu falhei, sim. Mas, por trás dessa farda, existem seres humanos. E enquanto o serviço de segurança pública for feito por pessoas, haverá falhas”, disse.
A policial também negou ter solicitado doações através de um Pix para custear despesas com advogado. Afirmando ter recebido apoio da corporação e da sociedade civil, ela agradeceu o contato de diversos profissionais, incluindo psicólogos e advogados, que se colocaram à disposição para oferecer suporte.
Sobre a investigação interna, Fabíola reconhece a existência de procedimentos administrativos e a possibilidade de ser punida. “A minha intenção nunca foi me promover em cima de ocorrência nenhuma. Tudo que eu faço é com amor e carinho. Amo minha profissão. Hoje a minha maior preocupação não é o engajamento nem a quantidade de xingamento que eu tô recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como ela tá, porque ela sofreu agressão física e principalmente psicológica”, disse Fabíola Aniely.
Relembre o caso
Uma menina de 11 anos foi espancada pela mãe, na última sexta-feira (26), em Vitória de Santo Antão (PE). O caso foi denunciado pelos vizinhos, que resgataram a menina e acionaram a polícia.
A menina, que estava com ferimentos nos braços e pernas e com dificuldade para andar, foi levada ao Hospital João Murilo de Oliveira pelos vizinhos. A mãe, entretanto, teria tentado interferir no atendimento. Foi neste momento que policiais militares do 21ºBPM chegaram ao hospital, entre eles, Fabíola Aniely da Conceição, que deu um tapa no rosto da mãe da menina.
A mulher acusada de agredir a filha foi detida e o Conselho Tutelar acionado. Em relação à policial militar Fabíola Aniely da Conceição, a PM informou que abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da abordagem policial e tomar as providências necessárias.