Um duplo homicídio marcou a noite da última segunda-feira (19) em Belém. O professor de educação física Alberto Wilson dos Santos Quintela, de 30 anos, e o policial militar Rodrigo Alves Ferreira foram mortos durante uma discussão na porta da academia onde o personal trabalhava, no bairro de São Brás.
De acordo com informações, Alberto estava saindo da academia e, ao entrar no seu carro, foi surpreendido pelo policial Rodrigo, que estava armado e teria ameaçado matar o personal. Eles discutiram e um terceiro homem, que também seria policial e portava uma arma, decidiu intervir e disparou diversas vezes contra Rodrigo, achando que ele era bandido.
Ambos morreram no local e o policial que decidiu intervir fugiu. Inicialmente, acreditava-se que Rodrigo havia matado Alberto e posteriormente tinha sido morto pelo PM que surgiu repentinamente. Porém, agora as autoridades acreditam que tanto Rodrigo quanto Alberto foram atingidos pelos disparos feitos pelo PM ‘justiceiro’.
Na quarta-feira (21), o PM se apresentou voluntariamente à Divisão de Homicídios e alegou que passava pela área e agiu para conter o ataque. Ele foi liberado após prestar depoimento mas pode ser preso a qualquer momento pois a perícia identificou que Rodrigo e Alberto foram mortos por tiros de uma arma calibre 40, que era justamente a que o policial portava. A arma de Rodrigo era uma 38.
O caso, que chocou a população de Belém, levanta questionamentos sobre a violência armada e a atuação de policiais em situações fora de serviço. A academia onde Alberto trabalhava emitiu uma nota lamentando a perda do profissional, descrito como dedicado e querido por colegas e alunos. As investigações seguem em andamento para determinar as razões do conflito e a responsabilidade do segundo PM.
