O Ministério Público (MP) do Paraná pediu nesta quarta-feira (13) que a Justiça decrete sigilo sobre o inquérito que investiga a morte do militante petista e guarda municipal Marcelo Arruda. Ele foi assassinado no último sábado (09) pelo policial penal Jorge Guaranho durante a comemoração de seu aniversário.
A Promotoria quer, com a decretação do sigilo, evitar “interferências” na investigação tocada por uma força-tarefa da Polícia Civil do Paraná. Até agora 17 pessoas já foram ouvidas sobre o crime e a polícia pretende encerrar o inquérito até a próxima terça-feira (19).
“Trata-se de fato grave e de grande repercussão. O acesso indiscriminado aos autos poderá tumultar e interferir negativamente nas investigações”, afirma o MP na manifestação encaminhada à Justiça.
O MP também solicitou que o conteúdo do celular do autor do crime seja examinado e que o acesso aos autos não seja disponibilizado ao Sindicato dos Agentes Federais de Execução Penal de Catanduvas (PR), onde Guaranho trabalha – a entidade designou uma advogada para atuar no caso.
O advogado Daniel Godoy, que representa a família de Marcelo Arruda, disse à CNN que o pedido de sigilo partiu da família e que o MP concordou com a ideia. “É um caso muito rumoroso, o processo não pode ficar público. Há muito risco de fake news”, afirmou.