A comunidade indígena de Rio Branco, município de Alta Floresta d’Oeste, solicitou a presença do Judiciário na área e foi prontamente atendida, numa demonstração de que a Justiça deve divulgar e difundir os direitos mais básicos a todos os brasileiros, sem distinção.
Apesar das dificuldades de acesso, a equipe do Núcleo Psicossocial da Comarca foi até a escola da aldeia para uma palestra com o tema a Lei Maria da Penha, esclarecendo as especificidades e, sobretudo, promovendo o combate à violência doméstica e familiar dentre a etnia Tupari.
De maneira muito franca, os indígenas admitiram em relatos que já ocorreram casos de mulheres agredidas pelos companheiros, mas que estão dispostos a mudar essa realidade, por isso a busca por informação e ferramentas para a mudança cultural.
A palestra foi o primeiro passo para transformar essas relações, mudança que, em um contexto de aldeiamento, pode ser decisiva para as vítimas. “O melhor a fazer é trabalhar preventivamente”, analisou Elisangela Sobreira de Oliveira, psicóloga do Nups de Alta Floresta d’Oeste.
A equipe já detectou, inclusive, a necessidade de difundir informações sobre outros temas que afligem os povos indígenas como guarda, proteção a crianças e adolescentes, dentre outros.
Para os indígenas, a presença do Judiciário na área demonstra acolhimento e preocupação com as populações periféricas, já geograficamente distantes de recursos para garantir seus direitos.
A ação contou, ainda, com a parceria da Educação Indígena da Seduc, que coordena a escola e as aulas na comunidade e foi responsável pelo convite ao Nups.
Assessoria de Comunicação Institucional