O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou nesta quarta-feira (26/3) após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir torná-lo réu, junto a sete aliados.
O ex-presidente acompanhou o segundo dia de julgamento no gabinete do filho Flávio Bolsonaro, no Senado Federal, ao lado de aliados políticos.
Além de Bolsonaro, também viraram réus no mesmo julgamento Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, general Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto.
Pronunciamento do ex-presidente
Durante o pronunciamento feito no Congresso Nacional, Bolsonaro tentou rebater as acusações a ele atribuídas pela denúncia da Procuradoria-Geral da República. Citou um pronunciamento lido em 2 de novembro de 2022, depois das eleições presidenciais. “Os caminhoneiros fizeram manifestações, mas, atendendo a um pedido meu, resolvemos essa questão”, lembrou. Também destacou ter se reunido com o atual ministro da Defesa, José Mucio. “Se tivesse qualquer objetivo, não deixaria os indicados do presidente Lula assumirem”, continuou o ex-presidente.
Bolsonaro também citou a contestação das eleições presidenciais feitas em 2014 pelo PSDB. O ex-presidente voltou a reforçar a defesa pelo voto impresso e falou da Venezuela e do ditador Nicolás Maduro.
Próximas etapas
Os investigados foram denunciados por participar de uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. A denúncia começou a ser analisada na terça-feira (25/3), e a sessão foi retomada nesta quarta com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.
Como o Supremo aceitou a denúncia, uma fase de instrução processual se iniciará. Nela, haverá a coleta dos depoimentos de testemunhas e acusados, bem como a apresentação de provas.
Encerrada essa etapa, o Supremo Tribunal Federal realizará um novo julgamento para decidir se os envolvidos são culpados ou inocentes.