As imagens mostram o agressor, que segundo informações preliminares teria ligação com o tráfico, vestido com uma casaco azul e tênis brancos, descendo de uma caminhonete Chevrolet Equinox branca, sem placa traseira, na rua Hacienda de Cedros. Segundo o coletivo Sororas Violetas Jalisco, ele teria ligado para Carla, pedindo que ela saísse de casa. A discussão, parcialmente fora do alcance da câmera, escalou rapidamente. Carla, armada com uma vassoura quebrada e um objeto perfurante, foi até o veículo do ex-parceiro e golpeou o para-brisa, exclamando: “Saca seu p*to ‘erre’!”, referindo-se a uma arma longa.
Em resposta, o homem, que ainda não foi identificado pelas autoridades, abriu a porta traseira da caminhonete, pegou o que parece ser um fuzil AR-15, disparou duas vezes contra o chão para intimidá-la e, em seguida, atirou diretamente na cabeça de Carla, matando-a instantaneamente.
Um familiar da vítima presenciou o crime, enquanto vizinhos, em desespero, gritaram: “Carla, não!”. Após o assassinato, o criminoso fugiu no veículo.A polícia de Guadalajara chegou ao local às 2h29, após uma chamada ao 911, mas Carla já não apresentava sinais vitais, conforme constatado pelos paramédicos. A investigação foi assumida pela Unidade Especializada em Investigação de Feminicídios da Fiscalía Geral do Estado de Jalisco, que segue o protocolo de feminicídio com perspectiva de gênero.
A área foi isolada, testemunhas foram ouvidas, e as imagens da câmera de segurança foram incorporadas à investigação.O caso gerou indignação nas redes sociais, onde o vídeo do crime viralizou rapidamente. O coletivo Sororas Violetas Jalisco exige justiça e cobra respostas das autoridades.
Até o momento, não há informações sobre denúncias prévias de violência contra Carla ou se ela havia solicitado medidas de proteção. O agressor segue foragido, e a polícia intensifica as buscas.Jalisco é o sexto estado mexicano com maior número de feminicídios, o que reforça a gravidade do caso e a urgência de medidas contra a violência de gênero no país. A brutalidade do crime e a frieza do assassino chocaram a população, reacendendo o debate sobre a segurança das mulheres e a impunidade em casos de feminicídio.