O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado nos últimos dias para participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Lula tomará posse em 1º de janeiro e a ida ao fórum, que acontece entre os dias 16 e 20 de janeiro, quando confirmada, será um dos primeiros compromissos internacionais do início oficial de seu terceiro mandato.
Quando esteve pela primeira vez em Davos, em fevereiro de 2003, Lula disse que o combate à fome seria a prioridade de seu governo e que o Brasil trabalharia para reduzir as disparidades econômicas e sociais, para aprofundar a democracia política, garantir as liberdades públicas e promover os direitos humanos.
Naquele discurso, aguardado pelo mercado e acompanhado de perto pela elite das finanças mundiais, Lula reafirmou sua disposição de realizar reformas econômicas, sociais e políticas “muito profundas”, respeitando contratos e assegurando o equilíbrio econômico.
Os olhos dos principais atores econômicos globais estarão novamente voltados ao petista 20 anos depois.
Durante o primeiro ano de governo, Lula vai priorizar a reaproximação com lideranças estrangeiras, algo que já vem fazendo desde que venceu as eleições no final de outubro. A ideia é que o presidente faça um giro internacional logo nos primeiros meses de gestão.
Ainda em janeiro, Lula deve participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um dos principais blocos de debates políticos da região.
O encontro acontece em Buenos Aires, na Argentina, no dia 24 de janeiro. O convite informal foi feito pelo presidente argentino Alberto Fernández durante encontro com Lula em São Paulo após o segundo turno.
Criado no final de seu governo, o grupo é formado por 33 países e tem o objetivo de fomentar a cooperação para o desenvolvimento e a concertação política. O governo Jair Bolsonaro (PL) suspendeu sua participação na Celac em janeiro de 2020.
Antes mesmo de tomar posse, Lula participa em Sharm el-Sheikh, no Egito, da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Nesta terça-feira (15), o presidente eleito se reuniu com os enviados climáticos John Kerry, dos Estados Unidos, e Xie Zhenhua, da China.
Depois da COP27, Lula fará um giro por Portugal. No país, vai se encontrar com o presidente Marcelo Rebelo e com o primeiro-ministro António Costa.
O presidente eleito ainda foi convidado pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para participar da Aliança do Pacífico.
O encontro acontece na Cidade do México entre os dias 23 e 25 de novembro para discutir a questão da integração continental. O convite de Obrador foi feito em 31 de outubro, um dia após a vitória de Lula, mas o petista ainda não confirmou presença.