O produtor musical e fonográfico Maurício Stemberg descobriu que tinha um tumor no cérebro no início de junho e algumas semanas depois foi submetido à cirurgia. “Depois que convulsões me levaram até uma unidade de pronto atendimento e, após a equipe perceber uma alteração no meu cérebro, me encaminharam até o Hospital Universitário Cajuru”, conta Maurício.
O tumor, que estava localizado em uma área diretamente relacionada aos mecanismos da linguagem, foi removido no dia 26 julho. Para o procedimento, o neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo explica que, pela localidade do tumor, é necessário fazer testes. Durante uma cirurgia para retirada de um tumor cerebral, realizada no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, o paciente Maurício Stemberg, 55 anos, tocou e cantou para garantir que partes importantes do cérebro não fossem afetadas.
“No momento em que chega próximo ao tumor, são realizados testes de linguagem para avaliar se não existe risco de haver prejuízo na fala ou na compreensão da fala. O paciente não sente dor, pois o tecido cerebral não tem inervação sensitiva. Apenas as regiões da pele e músculos recebem anestesia local”, explica. Para realizar os testes, o médico optou pela música: “A escolha pela música é em razão de ser uma atividade que faz parte da rotina do paciente, principalmente por ele ser um músico profissional.”
Ao contrário do tumor, a música já faz parte da vida de Maurício Stemberg desde a infância, influência do pai, cantor boêmio e dos tios que trabalhavam na área. “A partir dali, comecei a tocar e cantar, me tornando também compositor e arranjador. Ao passar dos anos, estudei produção musical para atuar profissionalmente e abri meu próprio estúdio”, conta Stemberg.
“A partir dali, comecei a tocar e cantar, me tornando também compositor e arranjador. Ao passar dos anos, estudei produção musical para atuar profissionalmente e abri meu próprio estúdio”, conta Stemberg. Ele define como “excepcional” a experiência de passar por uma cirurgia delicada, acordado e tocando: “Fiquei muito feliz por realizar o procedimento acordado e tocando violão, um instrumento que faz parte da minha vida.
Isso só me trouxe mais confiança de que teria a alta sem sequelas.” Sem sequelas, Maurício Stemberg se recupera bem da cirurgia. “Sem sequela alguma tanto para cantar, quanto para tocar instrumentos”, relata o paciente. * Com informações do Correio Braziliense