Com o tema “Vacina itinerante: sala móvel e a busca pelas altas coberturas vacinais”, a coordenadora da Divisão de Imunização da Semusa, Elizeth Gomes, expôs que a extensão territorial da capital rondoniense como um grande obstáculo a ser superado rotineiramente para que levar vacina à população.
Como alternativa, foi instituída a sala móvel, também chamada de vacinação itinerante, onde as equipes se deslocam às áreas rurais, distritos ribeirinhos, comunidades isoladas, escolas e também beneficia o cidadão em vulnerabilidade social como os acamados que não possuem condição nenhuma de deslocamento aos pontos de vacinação.
“Esta unidade de vacina itinerante possui mais de dez anos e surgiu em meio a uma necessidade do serviço, que na época enfrentava aumento dos casos de influenza e início da campanha contra a gripe, com intuito de dar celeridade ao processo de imunização”, relembrou Elizeth Gomes.
Através da atuação da sala móvel de vacinação, composta por uma equipe multidisciplinar, é possível levar proteção à pessoa idosa ou acamada, tanto em domicílio quanto nas instituições de longa permanência, realizando promoção à saúde e prevenção de doenças, evitando o adoecimento através dos imunobiológicos; vacinação nas escolas municipais, estaduais e privadas, junto à realização de palestras sobre educação em saúde e combate às fake news.
“Em 2022, a parceria com as instituições representantes dos setores educacionais proporcionou adesão de cem por cento das creches e escolas privadas para realização das vacinas contra poliomielite, um grande êxito na busca pelo aumento da cobertura vacinal”, apontou a coordenadora.
LOCALIDADES DE DIFÍCIL ACESSO
Durante sua palestra, Elizeth Gomes apresentou um panorama da estratégia utilizada pela Divisão de Imunização da Semusa para levar vacina às pessoas que residem em ramais, linhas ou comunidades que não possuem nem sinal telefônico. Ela também pontuou que “a falta de profissionais capacitados em algumas localidades fortalece ainda mais a necessidade da realização de forma contínua dessas ações, pois cada dose de vacina aplicada conta”.
Através de imagens, Elizeth mostrou que para chegar em algumas comunidades ou residências, é necessário que a equipe faça o transporte dos materiais, incluindo as caixas térmicas refrigeradas onde estão acondicionadas as vacinas, seringas, caixa de perfurocortantes, entre outros materiais para auxiliar no processo de imunização.
“Para que de fato a vacinação ocorra, a equipe tem que abrir mão de salas refrigeradas, das mesas e computadores que dão conforto no atendimento e suporte na escrituração e inserção de informações no sistema. Muitas vezes, realizamos o atendimento em meio a natureza, dentro de barcos, embaixo de barracas de cipó, aos finais de semana e feriados, percorrendo estradas em más condições. São muitos os desafios, mas não impedem a realização da atualização dos cartões de vacina desse público, que é nossa maior motivação para enfrentar tantos obstáculos”, finalizou.
PREMIAÇÃO
Os autores das estratégias de fortalecimento das ações de imunização nos territórios municipais serão premiados em duas modalidades, sendo o melhor trabalho de cada região geográfica do país e a melhor estratégia de cada estado. O resultado dos vencedores será anunciado na quarta-feira (19), quando também acorre a cerimônia de premiação.
OFICINA NACIONAL
A Oficina Nacional do Projeto ImunizaSUS ocorre para conceder visibilidade às práticas realizadas nos territórios, trazendo seus pontos positivos, desafios e perspectivas futuras sobre a organização das ações de imunização do município.
Realizada durante o XXXVII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, a oficina busca reunir autores de Estratégias de Fortalecimento das Ações de Imunização nos Territórios Municipais indicadas por meio da Plataforma ImunizaSUS, para um diálogo sobre a trajetória de construção e os resultados alcançados por meio desse trabalho.
Texto: Luciane Gonçalves
Foto: Semusa
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)
