Nesta última quarta-feira (26), um desfecho trágico marcou o caso do desaparecimento de três brasileiros na região de fronteira entre Brasil e Bolívia. João Vitor, José Henrique e Lucas Henrique foram encontrados mortos em uma área de mata densa na localidade de Quinomé, município de San José de Chiquitos, território boliviano.
Os três haviam sido dados como desaparecidos desde 17 de novembro, quando familiares registraram que haviam perdido contato com o trio. As vítimas, naturais de Pontes e Lacerda município mato-grossense vizinho a Vilhena (RO) tinham cruzado a fronteira para entregar uma caminhonete Mitsubishi Triton L200 a terceiros no país vizinho.
Últimos contatos e início das investigações
Conforme apurado pela equipe de jornalismo do portal Hora1Rondonia, antes de desaparecerem, os três jovens enviaram mensagens por WhatsApp confirmando que a entrega do veículo havia sido realizada com sucesso. Minutos depois disso, as respostas cessaram, levantando a suspeita de que algo grave poderia ter ocorrido.
Diante do sumiço, autoridades brasileiras acionaram a polícia boliviana, iniciando uma investigação conjunta. Nos dias seguintes, o caso ganhou contornos ainda mais misteriosos.
Caminhonete é encontrada ligada em estrada isolada
Durante as diligências, equipes da Direção de Prevenção e Investigação de Roubo de Veículos (DIPROVE), da Bolívia, localizaram a caminhonete que os brasileiros haviam levado. O veículo estava abandonado em uma estrada rural a aproximadamente 50 quilômetros de San Ignacio de Velasco e, segundo as autoridades, o motor ainda permanecia ligado no momento da descoberta.
A cena aumentou de forma significativa a preocupação dos investigadores, indicando que os ocupantes possivelmente haviam sido retirados à força ou surpreendidos de maneira violenta.
Corpos localizados e caso tratado como chacina
Com o avanço das buscas na área de mata da região de Quinomé, os corpos de João Vitor, José Henrique e Lucas Henrique foram localizados, já sem vida, em circunstâncias que apontam para execução. A Polícia da Bolívia passou a tratar o caso como uma chacina, e a investigação agora se concentra em esclarecer a motivação do crime e identificar todos os envolvidos.
Peritos bolivianos realizaram os primeiros levantamentos no local, enquanto autoridades brasileiras incluindo o consulado e a Polícia Federal acompanham os desdobramentos e buscam colaborar com a apuração dos fatos.
Famílias aguardam repatriação
As famílias das vítimas já foram comunicadas oficialmente e agora aguardam os trâmites burocráticos para a liberação e translado dos corpos ao Brasil. O clima é de profunda comoção em Pontes e Lacerda, cidade natal dos três jovens.
As investigações seguem em andamento, e mais detalhes devem ser divulgados nos próximos dias pelas forças de segurança bolivianas.