Para o delegado Olímpio da Cunha Junior, da Delegacia Especializada de Homícidios e Proteção à Pessoa, a curiosidade das crianças motivou a morte da menina Eloá, de 2 anos, com um disparo acidental na manhã desta quinta-feira (11), no bairro Santa Cruz 2, em Cuiabá. Ele é o responsável pela investigação.
Conforme o delegado, Eloá e a prima, de 5 anos, estavam brincando enquanto o policial Elienay Pinheiro, pai da vítima e dono do revólver, fazia o almoço. Nesse momento, as meninas encontraram a arma e houve o disparo, pelas mãos da menina de 5 anos.
“Até o momento a gente ainda não tem todas as respostas, mas criança a gente sabe que é muito curiosa, todas são curiosas. A gente pode fazer uma relação aqui de que pode ter havido um vasculhamento, uma procura de alguma coisa e, por acaso, encontraram. Nós ainda não temos todas as respostas, mas no momento aqui, de antemão, o que a gente pode afirmar é isso”, explicou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
Segundo o delegado, o revólver calibre 38 tinha seis munições no momento em que foi encontrada pelas meninas e apenas um disparo foi efetuado.
“A arma é particular, o proprietário é um policial, nós policiais todos temos que ter uma arma para proteção pessoal. É uma pessoa que é habilitada e segundo consta, tinha muito cuidado na guarda do seu armamento. Arma calibre 38. Capacidade da arma é de 6 munições e estava com uma deflagrada”, disse.
A criança de cinco anos deverá receber medidas protetivas, incluindo suporte psicológico, em decorrência do forte abalo emocional por ter causado e presenciado a morte da prima menor.
O caso deverá ser encaminhado da DHPP para a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).