O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma visita a uma das fábricas que produz mísseis anti-tanques Javelin para a Ucrânia, declarou que “a história mostra que se você não confronta ditadores, eles continuam a surgir” — fazendo referência à guerra na Ucrânia e a Vladimir Putin, presidente russo.
Biden agradeceu os trabalhadores da fábrica do Alabama e visitou as plantas que produzem os Javelin. Segundo ele, os EUA sozinhos já enviaram mais de 5 mil desses equipamentos para a Ucrânia, número ainda maior quando se considera o arsenal também enviado por aliados.
“Os EUA estão liderando nossos aliados para assegurar que os ucranianos tenham armas e capacidade de defesa contra a guerra brutal de Putin. Muitos crimes de guerra estão sendo cometidos”, declarou o democrata.
“Vocês mudam a vida das pessoas. Nós construímos armas e equipamentos que ajudaram a garantir soberania e liberdade na Europa anos atrás. É o que acontece novamente hoje”, disse ao se referir ao período da Segunda Guerra Mundial.
“Vocês estão tornando possível que os ucranianos se defendam, evitando uma Terceira Guerra Mundial se enviássemos soldados americanos para combater soldados russos”, acrescentou.
Além de Putin, outro líder mundial citado por Biden foi Xi Jinping, presidente da China. O americano destacou falas de Jinping sobre regimes democráticos — que, para o chinês, não podem ser sustentados nos modelos propostos pelo Ocidente. “Se isso acontecer, o mundo todo mudará”, disse.
Biden também disse que os EUA têm a intenção de se tornar os maiores produtores de semicondutores do mundo novamente, e pressionou o Congresso americano para aprovar o que chamou de “Ato dos Chips”, que tem como objetivo inovar na produção dos equipamentos, também “essenciais para a produção de equipamentos de defesa”, destacou.
“Modernizamos [os semicondutores], fizemos mais que todos. Paramos de investir em nós mesmos, mas agora estamos de volta ao jogo para garantir que sejamos os principais produtores de semicondutores”, afirmou.