Preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, o cacique José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, foi apontado como pivô das manifestações e depredações ocorridas em Brasília no final da noite desta segunda-feira, 12. Nascido na cidade de Poxoréu, em Mato Grosso, o líder indígena ganhou notoriedade entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde que a a série de manifestações em frente ao quartel-general do Exército começaram em Brasília.
Nas redes sociais, Cacique Serere, como é conhecido, se apresenta como pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Omore Dumhiwe. Filiado ao Patriotas em 2020, o cacique foi candidato a prefeito de Campinápolis, no Mato Grosso, município que fica a cerca de 650 km da capital Cuiabá, onde obteve apenas 689 votos, em um eleitorado de quase 17 mil habitantes.
Desde o resultado da vitória eleitoral de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022, o indígena ganhou evidência em manifestações. Em vídeo recente que circula nas redes sociais, Serere declarou que o presidente Lula não iria tomar posse e também pediu a saída de Alexandre de Moraes: “Ou ele [Moraes] renuncia do cargo da Suprema Corte, ou eu pego ele no pescoço e tiro ele!”.