Rondônia está entre os 12 estados que já aderiram ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), lançado no dia 27 de agosto, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A plataforma foi criada para unificar e cruzar informações de diferentes estados, fortalecendo as investigações e aumentando as chances de resolução dos casos em todo o país.
A Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO) informou que já foram integrados 3.612 registros de ocorrências de desaparecimento desde 2023, por meio do Procedimento Policial Eletrônico (PPE), ferramenta vinculada ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).
O número corresponde apenas aos registros alimentados automaticamente no sistema e não à quantidade real de desaparecidos, já que muitos retornam ao convívio familiar, são localizados em unidades prisionais ou se ausentam voluntariamente. Atualmente, 254 registros foram atualizados como “localizados”, reforçando a importância da colaboração da sociedade.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou a relevância da adesão ao novo sistema, como um marco no fortalecimento da segurança pública. “O governo do estado tem investido em tecnologia e integração da segurança pública. Essa ferramenta vai garantir respostas mais rápidas às famílias, reforçando o trabalho desenvolvido pela gestão estadual com a defesa da vida e dos direitos humanos.”
O secretário adjunto da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Hélio Gomes, acrescentou que o CNPD representa um ganho significativo para Rondônia. “A plataforma integra automaticamente os boletins de ocorrência, o que agiliza as investigações e amplia as chances de localização. Essa inovação reforça a confiança da sociedade e mostra que Rondônia está preparada para atuar de forma eficiente e segura.”
APOIO INVESTIGATIVO
O CNPD possui campos restritos de uso exclusivo das polícias, garantindo o compartilhamento seguro de informações estratégicas. Rondônia dispõe de estrutura tecnológica e protocolos de segurança da informação, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entre os impactos esperados estão a redução do tempo de resposta, o aumento da taxa de localização, a melhoria na comunicação com familiares e o fortalecimento da confiança social nas instituições de segurança pública.
O delegado-geral da Polícia Civil, Jeremias Mendes de Souza, destacou que “a plataforma representa um avanço em relação às experiências passadas, oferecendo padronização, agilidade, cruzamento de informações em tempo real e maior confiabilidade dos dados, permitindo respostas mais rápidas e precisas nas investigações e maior segurança para a sociedade.”

Coleta de DNA em Rondônia pode ser feita durante todo o ano
PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE
A população pode colaborar de diferentes formas: comparecendo às delegacias, informando reencontros, atendendo convocações e entregando fotografias de familiares desaparecidos acompanhadas do Termo de Autorização de Uso de Imagem. O registro de boletim de ocorrência também é essencial e pode ser feito imediatamente, sem a necessidade de aguardar 24 horas, o que aumenta as chances de localização e agiliza a atuação dos órgãos de segurança. O acesso ao portal público de desaparecidos está disponível no site do CNPD.
Outra ação importante do governo de Rondônia é a coleta gratuita de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, realizada pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica (Politec) por meio do método indolor de swab bucal. Os materiais coletados são inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), ampliando as chances de identificação e localização. Essa iniciativa reforça a importância da participação da sociedade, já que a colaboração das famílias é fundamental para o sucesso das buscas.
Fonte
Texto: Jane Carvalho
Fotos: Frank Nery
Secom – Governo de Rondônia