Para driblar parte dos desafios que o maior município em extensão territorial do Brasil impõe, principalmente na área da saúde, a Prefeitura de Porto Velho investe alto na manutenção e renovação da frota veicular que atende as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
A frota veicular da Semusa saltou de 94 veículos em 2017 para 255 em 2024, entre ambulâncias, embarcações, automóveis e motocicletas. Crescimento superior a 171%, que ultrapassa R$ 20 milhões.
AMBULÂNCIAS
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve sua frota 100% renovada. Com apoio do Ministério da Saúde e recurso superior a R$ 1 milhão, o município chegou a 12 ambulâncias exclusivas para atender os chamados da população para o Samu, que mantém um dos veículos na base descentralizada de Jaci-Paraná. São Unidades de Suporte Básico (USB), para atendimento sem risco de morte iminente e Unidade de Suporte Avançado (USA), com UTI móvel para pacientes em casos de emergência.
Ao todo, a saúde municipal conta com 36 ambulâncias, distribuídas entre zona urbana e rural, na capital e nos distritos de Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre do Abunã, Fortaleza do Abunã, Abunã, União Bandeirantes, Rio Pardo, Jaci-Paraná, Cujubim Grande, São Carlos e Linha 28.
A frota da saúde é composta por ambulâncias traçadas, que oferecem condições de atender pacientes em locais de difícil acesso, como estradas vicinais. Os veículos são classificados como tipo B e prestam serviços de demanda social, como visitação de acamados, remoção de pacientes e atendimentos em urgência e emergência.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das zonas Sul e Leste também foram contempladas com ambulâncias para suprir as demandas de urgência e emergência. São utilizadas no transporte de pacientes em estado crítico, que necessitam de cuidados médicos intensivos, pacientes em situação de urgência pré-hospitalar ou de transporte inter-hospitalar.
Segundo Adailson Gonçalves, diretor do Departamento de Transporte da Semusa (Deptran), o reforço na frota foi pensado para cobrir a distância significativa de algumas localidades. “Fizemos a aquisição de veículos e entregamos para diversas unidades de saúde dos distritos de Porto Velho. Todas se enquadram na área de atenção básica que, conforme o nível de assistência, não têm obrigatoriedade de ambulâncias. Porém, pela necessidade dos distritos e pelo compromisso da gestão com a população, nós viabilizamos os veículos, habilitados pelo condutor e por uma equipe de saúde da família”.
LABORATÓRIO
A rede municipal de saúde também recebeu três caminhonetes adaptadas e refrigeradas para o transporte de exames clínicos laboratoriais colhidos nas unidades da área rural, distritos e também na zona urbana.
Com os veículos, as amostras biológicas coletadas nas unidades passaram ser transportadas com mais agilidade e segurança, contribuindo para diagnósticos mais precisos e ágeis, o que se reflete diretamente na qualidade do atendimento oferecido.
AMBULANCHAS
Quem vive nas comunidades ribeirinhas passou a contar com ambulanchas para o transporte adequado de pacientes nas emergências de saúde, onde a celeridade no atendimento médico é fundamental para salvar vidas. As embarcações têm os distritos de São Carlos e Calama como base, mas atendem cerca de 12 comunidades localizadas ao longo do baixo Madeira.
As ambulanchas são do tipo F, com capacidade para oito pessoas, espaço para uma maca, banheiro, iluminação própria para navegação noturna, rede de oxigênio, equipamentos para sutura, imobilização, mobiliário e demais suporte necessário para o trabalho das equipes de saúde que acompanham o paciente durante o transporte.
Jeddas Canoê é profissional da saúde e moradora da comunidade Maici há 18 anos. Já ajudou no socorro de muitos pacientes, mas nem sempre com a estrutura disponibilizada pelas ambulanchas. “Coisa melhor do mundo, que carrega o paciente com dignidade, em qualquer horário e independentemente das ações do tempo. Essa unidade móvel tem tudo o que precisamos para o socorro do paciente. É rápida, segura, confortável e equipada para suturas e partos, se for o caso. É uma verdadeira conquista para nossa comunidade”, comemora Jeddas.
EMBARCAÇÕES
A Semusa também conta com 18 embarcações para atender as necessidades da saúde da população, três entregues no início de abril, para auxiliar os distritos de São Carlos, Nazaré e Calama no transporte dos profissionais de saúde e de materiais e insumos que abastecem as unidades de saúde e postos localizados ao longo do rio Madeira.
Um dos veículos fluviais é o Barco Saúde Dr. Floriano Riva, que após longos anos de abandono e deterioração, foi tratado como prioridade e passou por uma reforma completa na gestão. Foram investidos R$ 1,2 milhão, sendo cerca de R$ 900 mil de recursos próprios da Prefeitura de Porto Velho.
Desde a entrega da embarcação, em 2021, foram realizadas seis viagens para os distritos do baixo Madeira, levando serviços de saúde variados, desde vacinação até médicos especialistas, com mais de 57 mil atendimentos realizados.
OUTROS VEÍCULOS
Porto Velho é o maior município em extensão territorial do Brasil, e por isso, a Prefeitura investiu também em veículos para os trabalhos administrativos e de apoio às unidades dos distritos, zona rural e urbana.
São 178 no total, entre caminhonetes e carros de pequeno porte, empregados no suporte dos serviços administrativos e visitas domiciliares realizadas pelas equipes de saúde da família. Já na sede, os automóveis representam mais agilidade na resolução das atividades de rotina.
Secretária da Semusa, Eliana Pasini, aponta que o investimento na renovação da frota da saúde é a concretização de um compromisso da Prefeitura de Porto Velho com a saúde da população. Ela ainda aponta que as unidades da zona urbana, rural, distritos e ribeirinhas foram contempladas de forma igualitária, sem distinção.
“A Semusa do passado chegou a ter mais de 60 veículos parados por razões diversas, batidos, quebrados, sem condição de uso. Nessa reconstrução da frota, contamos com a parceria de parlamentares e, principalmente, com o apoio incondicional da gestão que entende as peculiaridades da região e a necessidade de termos veículos adequados para o transporte de pacientes e servidores. O resultado desse investimento é uma saúde mais digna para todos”, aponta Pasini.
Texto: Luciane Gonçalves
Foto: Ana Flávia Venâncio/ Wesley Pontes/ SMC
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)