Brasil – Na live desta quinta-feira (24/2) o presidente Jair Bolsonaro mostrou descontentamento com comentário do General Amilton Mourão sobre o conflito na Ucrânia e defendeu que o vice-presidente não tem competência para se posicionar sobre o tema, principalmente sem consultar os ministros das áreas competentes.
Fala arriscada
Arriscando a paz e os recentes acordos econômicos com a Rússia, que tem aliados com a China, Bielorrúsia e Turquia, vice-presidente Hamilton Mourão comparou o presidente russo, Vladimir Putin, ao líder da Alemanha nazista, Adolf Hitler.
Confira fala na íntegra:
“Tem que haver o uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Essa é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo será a Bulgária, depois os Estados bálticos, e assim sucessivamente, assim como a Alemanha hitlerista fez nos anos 30.O mundo ocidental está igual ficou em 1938 com Hitler, na base do apaziguamento. Putin não respeita o apaziguamento. Essa é a realidade. Se não houver uma ação bem significativa… E na minha visão, meras sanções econômicas, que é uma forma intermediária de intervenção, não funcionam. Vamos lembrar que o Iraque passou mais de 20 anos com sanções econômicas. Nada mudou. O Irã está há não sei quanto tempo com sanção econômica. Também nada mudou. O sistema internacional pode ser rachado, abalado, e nós vamos voltar ao tempo das cavernas. Cada uma faz o que quer e bem entende. Não há respeito entre os povos, às nações. O conceito de soberania se dissolve a partir do momento em que um Estado mais forte julga que pode meter a mão no Estado mais fraco e continuar tudo como dantes.”
Mourão ainda citou Karl Marx: “A gente tem que olhar sempre a História. Ora, ela se repete como farsa, ora como tragédia. Neste caso, está se repetindo como tragédia.”
