O Ministério Público Federal (MPF) concordou nesta segunda-feira, 27, com o pedido da Justiça italiana em transferir a pena de prisão de Robinho para o Brasil – o ex-jogador foi condenado há nove anos de reclusão por participar de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa, na cidade de Milão, em 2013. Em parecer entregue ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o órgão afirmou que não há empecilhos para que o ídolo do Santos seja detido em território brasileiro. Além disso, o MPF repassou quatro endereços nos quais o ex-atleta pode ser encontrado, todos na Baixada Santista, no litoral sul de São Paulo. “Nesse contexto, inexistentes quaisquer restrições à transferência da execução da pena imposta aos brasileiros natos no estrangeiro, razão pela qual o requerido há de ser citado no endereço a seguir indicado para apresentar contestação”, diz um trecho do documento assinado pelo sub-procurador Carlos Frederico Santos.
Presidente do STJ, a magistrada Maria Thereza de Assis Moura afirmou, na semana passada, que o jogador será informado oficialmente do andamento do processo. Agora, o a defesa do ex-Santos e seleção brasileira pode se pronunciar, levando o caso para a análise de um relator integrante da Corte Especial do STJ. Se os advogados não se manifestarem, a própria presidência do tribunal irá decretar se Robinho irá ou não cumprir pena no Brasil. Publicamente, o atacante está se mantendo em silêncio desde que foi condenado em terceira instância. Além de não conceder entrevistas, o jogador está evitando as redes sociais. Neste ano, por exemplo, o atleta não fez nenhuma publicação em sua conta no Instagram. Seus últimos registros são fotos das festas de fim de ano e uma homenagem a Pelé, além do apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em outubro de 2022.