Uma descoberta macabra chocou o Rio de Janeiro nesta terça-feira (21). O que parecia ser apenas uma área de mata densa no Morro do Jordão, na zona oeste da cidade, revelou um dos cenários mais sinistros já investigados pela Polícia Civil. Durante uma operação conduzida pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Corpo de Bombeiros, os agentes localizaram um poço com cerca de 30 metros de profundidade, utilizado como cemitério clandestino pelo Comando Vermelho (CV).
Dentro do buraco, foram encontradas ossadas humanas, confirmando relatos de moradores da região que há anos denunciavam gritos vindos da mata, desaparecimentos misteriosos e a existência de um “lugar proibido”. De acordo com as investigações, o poço era utilizado pela facção criminosa para executar e ocultar corpos de desafetos e traidores, funcionando como uma verdadeira cova coletiva do crime organizado.
A cena, descrita pelos investigadores, é de puro horror: restos humanos misturados à lama, pedaços de roupas ainda presos entre os ossos e o silêncio opressor da floresta que escondia o rastro de crueldade da facção. O local, de difícil acesso, exigiu o uso de equipamentos especializados dos bombeiros para o resgate do material encontrado.
As autoridades agora trabalham na identificação das vítimas por meio de exames de DNA e na investigação de outros possíveis pontos de descarte de corpos na região. Para os investigadores, a descoberta representa “uma das mais sombrias dos últimos anos” e reforça a brutalidade com que o tráfico impõe o medo nas comunidades dominadas.
A operação segue em andamento, e a Polícia Civil promete intensificar as buscas por novas evidências que possam levar à prisão dos responsáveis por transformar o poço em um símbolo de terror nas profundezas do Rio de Janeiro.
 
			 
							 
							 
							 
							 
                                