O programa foi instituído em 2017 em Porto Velho e vem sendo estruturado e ampliado desde então. Segundo a Semias, diferente do abrigo institucional, o serviço da Família Acolhedora proporciona para as crianças e jovens viverem em uma residência, com uma família voluntária previamente cadastrada e capacitada, garantindo afeto, cuidado e convivência familiar.
Em média, o serviço atende de 10 a 15 crianças e adolescentes, com faixa etária de 0 a 17 anos. O perfil abrange desde bebês até adolescentes que necessitam de um ambiente seguro, afetivo e temporário, o número varia de acordo com as medidas de proteção expedidas pelo Judiciário.
A família interessada faz inscrição, passa por entrevistas e visitas domiciliares realizadas pela equipe técnica, participa de capacitação obrigatória, apresenta documentação exigida e, após avaliação, é habilitada. A partir daí, pode receber uma criança ou adolescente quando houver demanda judicial.
Segundo a diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) da Semias, Poliana Miranda, atualmente, o serviço conta com cerca de 12 famílias acolhedoras ativas, capacitadas e aptas para receber crianças e adolescentes. A família acolhedora e a criança ou adolescente recebem acompanhamento psicológico e psicossocial contínuo, garantindo apoio emocional e orientação em todo o processo.
“Importante que as pessoas conheçam esse serviço, por isso é muito importante divulgar esse trabalho. A capacitação é presencial, conduzida pela equipe técnica do programa, com módulos sobre direitos da criança, desenvolvimento infantil, aspectos psicológicos e sociais do acolhimento”, disse a diretora.
CADASTRO
Ainda de acordo com a diretora, o acolhimento é temporário e não tem como objetivo a adoção. O programa atua em parceria com o Judiciário, Ministério Público, Conselhos Tutelares e também mantém diálogo com instituições de ensino, saúde e organizações da sociedade civil para apoio às famílias e crianças.
As famílias interessadas em conhecer ou realizar o cadastro, podem procurar a Semias, localizada na avenida Pinheiro Machado,1718, no bairro São Cristóvão. A seleção é definida pelo Poder Executivo, a partir de medida de proteção, e encaminhada à equipe técnica do serviço, que faz o estudo de compatibilidade com o perfil das famílias acolhedoras cadastradas.
“Esse não é um processo assim tão fácil, mesmo porque o município está confiando a uma criança ou adolescente destituída do poder familiar a uma pessoa. A gente tem poucas famílias acolhedoras aptas para receberem essas crianças e por isso a gente pede para as pessoas conhecerem o serviço e quem sabe no futuro possam receber e dar amor a essas crianças e jovens”, finaliza a diretora.
Texto: André Oliveira
Fotos: Secom
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)