O delegado Roberto Moreira da Silva Filho, morto com um tiro na cabeça na última sexta-feira (26), durante uma operação da Polícia Federal na Terra Indígena de Aripuanã, na cidade de Aripuanã (990 km de Cuiabá), tinha menos de dois anos na corporação e atuava no combate aos crimes ambientais praticados em Mato Grosso, especialmente em terras indígenas.
Na noite de sexta-feira (26), ele comandava uma operação contra a retirada ilegal de madeira da Terra Indígena de Aripuanã. Durante a abordagem a um caminhão que realizava o transporte da carga ilícita, o motorista tentou atropelar os agentes da PF que reagiram disparando contra o veículo. A hipótese mais forte é que, nesse momento, uma das balas tenha ricocheteado e atingido a cabeça de Roberto.
O motorista do caminhão foi detido pela Polícia Militar e foi levado para um hospital em Contriguaçu (957 km de Cuiabá). Assim que recebeu atendimento médico ele foi levado para prestar depoimento à Polícia Civil e preso.
O delegado Roberto Moreira da Silva Filho passou a integrar a Polícia Federal em 2020. Ele era graduado em Direito, especialista em Direito Civil e mestre em Direito. Entre 2008 e 2020, foi servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal onde despenhou as funções de Técnico Judiciário e Analista Judiciário.
Em pronunciamento, o Superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Sérgio Sadao Mori, lamentou a morte do colega e ressaltou o seu trabalho na Delegacia de Repressão aos Crimes Ambientais da PF.
“Mesmo com uma curta carreira, Roberto presidiu um grande número de operações que visavam combater o garimpo e a exploração de madeira dentro de terras indígenas”, destacou. “A Polícia Federal perdeu um grande profissional, destacado, corajoso e muito idealista. Bastante empenhado na luta contra a criminalidade, especialmente contra os crimes ambientais. Ele fará muita falta para os colegas e a instituição. Presto aqui meus sinceros pêsames à família e aos amigos”, disse Mori.
O corpo de Roberto Moreira da Silva Filho foi sepultado na tarde deste domingo (28), no cemitério Campo da Esperança, Asa Sul, em Brasília.