Após quarenta dias de investigações, a Polícia Civil de Rondônia, por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCCV), divulgou nesta segunda-feira (07) a conclusão do caso que ficou conhecido como “Caso Bertodo”. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o caso foi classificado como homicídio seguido de suicídio.
Segundo as autoridades, Bertodo Dinailde da Silva assassinou sua namorada, Elizângela Áquila Linhares, antes de tirar a própria vida. Os corpos foram encontrados dentro de um veículo Chevrolet Onix, na tarde do dia 25 de janeiro, na estrada do Areia Branca, zona rural de Porto Velho.
Dinâmica do crime
As investigações revelaram que Elizângela estava ao volante quando foi surpreendida por Bertodo, que estava no banco traseiro do carro. Ele a imobilizou com um golpe conhecido como “mata-leão” e, em seguida, disparou com uma pistola 9mm na cabeça da vítima. O projétil transfixou e ainda atingiu o braço do autor do crime. Logo após, Bertodo atirou contra a própria cabeça, com o projétil atingindo a coluna da porta do veículo, conforme detalhou a perícia.
Histórico de violência
Bertodo Dinailde já era considerado foragido da Justiça desde novembro de 2023, sendo investigado pelo assassinato de Daiane Gomes Farias, amiga de infância do suspeito. O crime ocorreu no bairro Eletronorte, em Porto Velho, e tinha como alvo principal a ex-esposa de Bertodo, Patrícia Magalhães Santos. Daiane foi atingida fatalmente, enquanto Patrícia sobreviveu após ser socorrida.
Com o encerramento das investigações, a Polícia Civil reforçou a conclusão de que o feminicídio de Elizângela foi premeditado e culminou no suicídio do autor, que já possuía um histórico de violência e respondia por outro crime bárbaro.