O Brasil registrou o maior decréscimo de casamentos entre 2019 e 2020, por razão da pandemia de Covid-19. A pesquisa ainda constata que a retomada no crescimento, desde o 2° semestre de 2020, acompanhou a flexibilização de protocolos sanitários.
A influência da pandemia sobre os divórcios, contudo, foi menor sobre o número de divórcios. Em 2019, 383 mil casais se separaram, enquanto em 2020 o número passou para 331 mil. Já os dados mais recentes registram 386 mil separações.
Perfil dos divorciados
A maior parte das separações registradas em 2021 (77,5%) contaram a intermediação da Justiça. Do total de casais, quase metade estavam casados a menos de 10 anos no momento em que formalizaram a separação. Apenas 26% tinham uma união de 20 anos ou mais.
Cerca de 55,8% dos casais que se divorciaram em 2021 tinham filhos menores de 18 anos no momento da separação. Na maior parte dos casos (88,7%), a guarda dos menores ficou com a mulher ou foi compartilhada entre ambos os conjuges.
O IBGE revela ainda uma tendência de redução na duração dos casamentos. Em 2010, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era cerca de 16 anos. Em 2021, o tempo médio caiu para 13,6 anos.
Recorte por região
Todas as cinco regiões do país acompanharam o crescimento no número de casamentos. Sozinho, o Nordeste teve um crescimento de 27,8% nas uniões formalizadas. A região é seguida pelo Sudeste, com 23,6%. O menor percentual é da região Norte, com 12%.
Com relação aos divórcios, o IBGE aponta que as regiões Nordeste e Sudeste dominam o quadro com os maiores aumentos. A primeira registrou um incremento de 25,5%, enquanto a segunda escalou em 16,3%.
