O presidente Jair Bolsonaro deve se reunir na próxima terça-feira (2) com o senador Carlos Viana (PL-MG) para definir se o PL lançará candidatura própria em Minas Gerais.
O PL tem pressionado por uma candidatura própria no segundo maior colégio eleitoral do país, no esforço tanto de criar um palanque estadual ao presidente como na tentativa de aumentar a bancada federal da legenda.
A indefinição, no entanto, levou a convenção estadual do partido, realizada na semana passada, a não confirmar a candidatura de Viana, que trocou o MDB pelo PL justamente para disputar o governo mineiro.
Apesar da pressão do PL, há dúvidas na campanha à reeleição do presidente se a melhor estratégia política seria mesmo que seu partido tenha uma candidatura própria.
Isso porque a avaliação de aliados do presidente é de que, ao PL abrir mão da disputa, aumentariam as chances de uma vitória à reeleição de Romeu Zema (Novo) já no primeiro turno.
A aposta é de que, com uma vitória antecipada de Zema, o governador ficaria mais à vontade para apoiar Bolsonaro em um segundo turno da disputa presidencial, já que hoje ele tem evitado dar palanque a Bolsonaro.
Além disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficaria sem um palanque estadual no segundo turno, já que seu candidato, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), já estaria fora da disputa eleitoral.
Apesar das avaliações contrárias, Viana tem mantido a sua pré-campanha ao governo mineiro, com viagens pelo estado.
Caso Bolsonaro decida pela candidatura própria, a expectativa na direção nacional do partido é de que ele atue junto a partidos da base aliada, como PP e Republicanos, para apoiar Viana.