O ministro da Justiça, Flávio Dino, divulgou nesta terça-feira que a Polícia Federal está à disposição para investigar episódios de ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal após o ministro Luís Roberto Barroso ter sido hostilizado por manifestantes bolsonaristas no aeroporto de Miami. Dino chamou os manifestantes de “extremistas”.
O episódio ocorreu na noite desta segunda-feira. Barroso passou o ano novo com a filha em Miami e retornava para o Brasil. Vídeos que circulam na Internet gravados por pessoas que estavam no aeroporto mostram Barroso no salão de embarque do aeroporto, passando pelo guichê, enquanto manifestantes batem palmas e gritam “sai do vôo”, “pede para sair”. O ministro é ainda vaiado e xingado de “ladrão” e “lixo”. Barroso, como mostram as imagens, não reage.
Em novembro, o ministro também foi cercado por um grupo de manifestantes em viagem aos Estados Unidos. Na ocasião, ele rebateu dizendo “perdeu, mané”.
Hoje cedo, Dino publicou “vou enviar ofício à Presidente do STF frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele Tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc”.
“É uma mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação. O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas”, disse Barroso sobre o episódio.
Procurado pela CNN, o ministro Barroso respondeu que o episódio foi “uma mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação”. “O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas”, falou Barroso.