Porto Velho já foi palco de um momento que parecia histórico: a colocação da pedra fundamental do Hospital Euro, anunciada como o futuro maior hospital de Rondônia, prometido para desafogar a superlotação do Hospital João Paulo II. Autoridades compareceram em peso, discursos emocionados foram feitos e até um dilúvio marcou a cerimônia.
Na ocasião, o então secretário de Saúde, Fernando Máximo, emocionado, chegou a chorar diante da pedra — lágrimas que, simbolicamente, pareciam selar o compromisso de transformar aquela promessa em realidade. Ao seu lado, o governador Marcos Rocha, aliado político e amigo do secretário, reforçava o tom solene do evento.
Mas, passado o tempo, a “pedra filosofal” ficou apenas como símbolo. O hospital nunca saiu do papel, e a amizade política entre Rocha e Máximo se desfez em meio a disputas partidárias. Hoje, o que resta é a lembrança de um projeto que poderia mudar a realidade da saúde em Rondônia, mas que não passou de mais uma promessa de palanque.
Enquanto isso, a população segue à espera, enfrentando as mesmas dificuldades de sempre no João Paulo II. O mandato já esta chegando ao fim, novas promessas virão pela frente, claro com aquele jeito simples, sorridente e falador, a correria já foi antecipada pelos municípios atrás de conseguir novos aliados. Diante de tantos discursos vazios, fica a sensação de que só mesmo em histórias de Harry Potter um toque de varinha mágica poderia resolver o problema da saúde pública em Rondônia.
Fonte: Hora1Rondonia