O mandado de busca e apreensão, expedido por Moraes, incluiu a análise imediata do conteúdo armazenado nos equipamentos eletrônicos encontrados na residência. A operação foi conduzida com viaturas descaracterizadas por envolver uma menor de idade.
A decisão de Moraes veio após a suspeita de que os dispositivos eletrônicos da adolescente estariam sendo usados para enviar dinheiro ao pai, que está foragido na Espanha desde 2022, onde busca proteção internacional. Segundo o ministro, essa medida foi necessária para interromper o suporte financeiro e logístico que estaria sendo oferecido a Eustáquio através da conta bancária da filha.
Além do mandado de apreensão, a operação contou com o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Conselho Tutelar.
Eustáquio, que tem uma ordem de prisão decretada no âmbito do inquérito dos atos do dia 8 de janeiro, é considerado foragido da Justiça brasileira. Atualmente, ele reside na Espanha com seus dois filhos menores e aguarda a decisão das autoridades espanholas sobre seu pedido de proteção internacional.
Essa operação ocorre em um contexto de crescente tensão entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e o sistema judiciário brasileiro. Recentemente, Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), gerou polêmica ao divulgar uma decisão sigilosa de Moraes, criticando as medidas adotadas contra os perfis bolsonaristas. A revelação do empresário trouxe ainda mais atenção para as ações do STF e a continuidade da investigação contra aqueles considerados como envolvidos em atos antidemocráticos.
Com a intensificação das operações e o aumento da vigilância sobre figuras ligadas ao bolsonarismo, o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação do STF se torna cada vez mais acirrado.