A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou a interlocutores que aceitaria ser a vice na chapa da colega Simone Tebet (MDB-MS) na corrida pelo Palácio do Planalto, caso seja convidada diante de resistências de Tasso Jereissati, senador pelo PSDB do Ceará, à vaga.
A CNN apurou que Eliziane topa o convite, se oficializado, e que “não vai fugir da raia”. “Se vier o convite oficial da Simone, estamos juntas”, declarou a colegas.
Eliziane acredita que ela e Simone podem formar “uma grande chapa capaz de atrair os olhares dos brasileiros”.
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, ligou para Eliziane afirmando que o nome dela está em avaliação. A CNN apurou que ambos veem com bons olhos uma candidatura de duas mulheres representando regiões e vivências diferentes.
Segundo Freire, Eliziane tem as seguintes características que podem agregar à candidatura de Simone: ser mulher, nordestina e evangélica, com defesa da laicidade do Estado. Ou seja, com condição de atrair evangélicos que estejam insatisfeitos com a postura de Bolsonaro e não querem votar na esquerda.
Também pondera que Eliziane se posicionou de forma contundente contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e é líder da bancada feminina no Senado, assim como foi Simone.
A expectativa é que haja uma definição sobre a vaga de vice nesses próximos dias, embora uma decisão possa ser tomada até o início de agosto.
Apesar de ser tido como a primeira opção, Tasso tem demonstrado resistência em participar da disputa presidencial e indicado que pode buscar a reeleição ao Senado. Insatisfações da direção nacional do PSDB com o MDB também têm atrapalhado as conversas.
Outro nome que já foi elogiado por Simone Tebet como potencial vice é o do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). À CNN, ele disse que “chegaram a falar nesse assunto, mas nada para valer”.
O senador ressaltou admirar “demais” a Simone e ter apoiado sua candidatura à Presidência do Senado, por exemplo, mas lembra que o Podemos ainda não definiu quem vai apoiar na disputa ao Palácio do Planalto. Também destacou que o partido não está na coligação com o MDB. Por isso, afirmou acreditar ser “extremamente improvável” que venha a ser vice de Simone.
“Impossível não é, mas é extremamente improvável”, declarou, ao acrescentar torcer para que a negociação com Tasso Jereissati dê certo.