Porto Velho, RO – O pré-candidato à Prefeitura de Porto Velho Samuel Costa, da Rede Sustentabilidade, deu o tom sobre o assunto voltado ao cancelamento de debates na Capital. Em sua visão, a questão só beneficia uma única pessoa: Mariana Carvalho, do União Brasil, a provável representante – deve ser confirmada em convenção –, da situação, capitaneada pelo prefeito Hildon Chaves, do PSDB, no Prédio do Relógio. O pronunciamento ocorre após a afiliada da Band, o grupo Rondovisão, liderado por Luciana Furtado, rechaçar a manutenção da tradição e abrir mão do evento.
“Quando uma emissora resolve cancelar um debate ela está aviltando a democracia, atingindo, diretamente, a sociedade. As televisões são concessões públicas e, justamente nos momentos que devem servir à coletividade, não podem se furtar de agir com correição diante do público”, anotou Costa.
Ele prossegue:
“Não que ela tenha algo a ver com isso. Mas quando um confronto retórico deixa de acontecer isso só beneficia o status quo. Mariana Carvalho, como potencial postulante apoiada pela administração de agora, teria de explicar, por exemplo, por que Porto Velho é a pior Capital do Brasil, segundo o relatório do Índice de Progresso Social (IPS) de 2024; ou justificar o fato de Avenida Rio de Janeiro se transformar no nosso próprio Rio Tietê a cada chuvinha”, acrescentou o advogado.
Samuel Costa também gostaria de ouvir da Mariana Carvalho os motivos que a levam a fazer “pirotecnia eleitoral”, segundo ele, com a construção da nova rodoviária da cidade das Três Caixas d’Água, um prédio de “primeiro mundo”, enquanto no restante do município falta, ainda na visão dele, o “básico do básico”.
“São duas gestões de Hildon Chaves e Mariana Carvalho quer ser a terceira administração. Quem tem olhos consegue ver: Porto Velho é uma capital estratégica, mas carece de uma boa condução no serviço público municipal. Portanto, desafio a pré-candidata a se comprometer publicamente com o debate para defender essa cidade que ela fantasia em suas peças de pré-campanha. Ela disse uma vez não ter medo de debater o que quer que seja com quem quer seja. Então é hora de provar, sair um pouco do discurso decorado e das leituras elaboradas por marqueteiros”, encerrou.
Ricardo Frota, outro pré-candidato à Prefeitura da Capital, também rotulou o cancelamento do debate da Band como “derrota para a democracia”.
“Tem concorrente à prefeitura de Porto Velho que não pode se expor muito tempo, pois a máscara acaba caindo, eles também têm medo de serem confrontados, pois não sabem explicar muitos pontos de suas trajetórias políticas, por esse motivo o cancelamento de um debate tão importante como esse da Band é motivo de tristeza para os candidatos e eleitores verdadeiros de Porto Velho”, disse Frota, em nota, sem mencionar a quem sua fala é direcionada.
Léo Moraes, pré-candidato do Podemos, também falou sobre o cancelamento.
“O que estão tentando fazer com a nossa democracia é preocupante. Eu sou a favor dos debates, da discussão clara e transparente de ideias e propostas. É fundamental proporcionar aos eleitores tudo o que estiver ao nosso alcance para que possam exercer sua cidadania e ter segurança na escolha de seus candidatos. Você concorda com a realização de debates para definição do seu candidato?”, questionou.