Os magistrados da Segunda Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Rui Ramos, relator de um recurso ingressado pela defesa de Jacó. A sessão de julgamento ocorreu na manhã de quarta-feira, 05. A defesa alegou nos autos que o depoimento do suspeito, bem como as provas que dele derivaram, deveriam ser retiradas do processo em razão de uma suposta intimidação de agentes policiais sofrida por Jacó.
No voto, entretanto, o relator Rui Ramos explicou que a defesa não comprovou a suposta intimidação dos policiais. Segundo investigações da Polícia Judiciária Civil (PJC), o crime ocorreu em 23 de novembro de 2020. As vítimas – Leoncio José Gomes, sua esposa, Elziene Tavares Viana, a “Babalu”, o filho do casal, Luiz Felipe Viana da Silva, e um amigo da família, identificado como Jonas dos Santos -, foram abordados por 04 homens armados a caminho de um garimpo em Aripuanã.
Os criminosos seguiram com os sequestrados por uma estrada até entrarem em uma área de mata, onde assassinaram as vítimas, sendo primeiro executando os homens e em seguida a mulher e o seu filho. A quinta vítima somente foi poupada por estar gestante, tendo em vista que os criminosos disseram que eles “não matavam mulher grávida”.
A vítima de 19 anos teria sido poupada depois do marido implorar para os criminosos não matarem a garota, pouco antes dele próprio ser executado pelos bandidos. Durante a fuga, os bandidos, que levavam a jovem grávida, capotaram a caminhonete que dirigiam. A vítima foi obrigada a caminhar pela estrada com um dos criminosos, Jacó Nascimento de Melo, até conseguirem uma carona para o município de Juína (MT).
Na cidade, Jacó ameaçou a vítima e disse que compraria uma passagem para ela voltar para seu Estado de origem e lhe daria dinheiro, se ela “ficasse” com ele. A vítima foi mantida em cárcere e estuprada em um hotel da cidade. Posteriormente ela foi “liberada” por Jacó após o crime sexual.
Fonte: Folha Max