Calandrini também quis interrogar Rodrigo Piovesano Bartolamei, chefe da Superintendência de São Paulo, e Caio Rodrigo Pellim, diretor da área de combate ao crime organizado e número 3 da PF, sobre a suspeita de interferência na investigação envolvendo o MEC.
A corporação também abriu sindicância contra ele nesse caso. Na ocasião, Bruno Calandrini falou com o colunista do Metrópoles Rodrigo Rangel e disse que via “caráter perseguidor” nas medidas adotadas contra ele pela direção da PF.

Calandrini acusou a cúpula da PF de interferência na investigação, em uma mensagem em grupo com colegas da corporação e que foi vazada, culminando na sindicância. Segundo o delegado, houve “decisão superior” para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília, conforme determinação judicial.
“Em razão da decisão superior, deixei de ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional”, escreveu o delegado.
Suspenso e afastado
Em abril do ano passado, Calandrini foi suspenso e afastado do cargo de delegado da PF.
“Suspender preventivamente e afastar do exercício do cargo, até decisão final do processo Administrativo Disciplinar instaurado pela Corregedoria, de 15 de setembro de 2022”, diz o documento de abril de 2023, assinado pelo Andrei Rodrigues.
De acordo com a decisão, Calandrini “deverá manter seus dados cadastrais atualizados (endereço e telefones) junto à Comissão Permanente de Disciplina, bem como informar o local em que poderá ser encontrado, caso venha a se ausentar do domicílio”.
Apesar disso, Calandrini já retornou ao cargo.