A coordenadora do serviço de transplantes, Renata Restier, conta o foco da saúde nos transplantes. “O aumento expressivo das notificações de potenciais doadores e do número de doações efetivas em nosso Estado, é reflexo de um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo desses quase 12 anos de existência do serviço de doação de órgãos em Rondônia. Agora devemos focar em dois aspectos importantes: reduzir o número de recusa familiar e melhorar ainda mais a qualidade do nosso processo de trabalho”, explicou.
Comparando-se as taxas de doação por região, as de 2019 (pré-pandemia) com as deste semestre, de janeiro a junho de 2023, não houve alteração significativa nas regiões Sul (aumentou 0,3%) e Nordeste (diminuiu 1,5%) e aumentou nas regiões Sudeste (7,1%), Centro-Oeste (14%) e Norte (57%), segundo dados do RBT.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, este resultado é reflexo do trabalho que vem sendo desenvolvido, por meio das ações da Secretaria de Estado da Saúde. “A doação de órgãos é um gesto de amor e o tema é fortalecido com o Setembro Verde é uma campanha alusiva ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, que incentiva o debate sobre a doação e o transplante de órgãos”, disse o governador, destacando que neste ano, o Estado se tornou o primeiro da região Norte a realizar transplante de tecido ósseo, na unidade referência em atendimento de média e alta complexidade, Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro.
SERVIÇO
Desde a criação do serviço de transplantes em Rondônia, em 2014, já foram realizados 793 transplantes e captações. Atualmente, são mais de 100 pacientes que aguardam na fila para o transplante de tecido ósseo e com o início do serviço, haverá agilidade nos atendimentos. Todo o material para o procedimento, como ossos, tendões, meniscos e cartilagens, será fornecido pelo banco de tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia – Into.
SETEMBRO VERDE
Instituído como mês verde, setembro se tornou o símbolo nacional da importância da doação de órgãos, diante disso, a Sesau promove durante a campanha, ações nas unidades de saúde de conscientização para a população e servidores, com o objetivo de estimular a conversa entre familiares para o consentimento da doação.
No Brasil, a pessoa não precisa deixar nada escrito, em nenhum documento, basta informar à família sobre o desejo. O procedimento só ocorre depois da autorização da família. Nesse caso, os órgãos que podem ser doados são, fígado, rins, córneas, pâncreas, intestino, ossos, pele, coração, pulmão.
O doador voluntário, ainda em vida, também pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão, para pessoas de até quarto grau de parentesco e cônjuges.
Segundo o Ministério da Saúde – MS, o Brasil possui o maior programa público de transplantes no mundo. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha destacou sobre a importância da população ser conscientizada. “A nobreza em ajudar ao próximo vem com a empatia, estamos trabalhando com campanhas e capacitações na unidades para que o profissionais possam levar a oportunidades de salvar vidas à população”, ressaltou.
Fonte
Texto: Lara Lívia
Fotos: Breno Villar
Secom – Governo de Rondônia