É a maior diferença entre os dois candidatos, com base nesse recorte e levando em consideração as últimas pesquisas. Em maio, eram 3 pontos; em junho, 5 pontos; e em julho, 10 pontos.
Em comparação com a última sondagem, a diferença cresceu 7 pontos percentuais e chegou a 17. A margem de erro referente à sondagem entre eleitores evangélicos é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Das 5.744 pessoas ouvidas em 281 cidades brasileiras, 25% se declararam evangélicas. Entre os católicos, o ex-presidente Lula lidera com 52% das intenções de voto, ante 27% de Bolsonaro, na disputa de primeiro turno.
A parcela de eleitores evangélicos é menos numerosa que os brasileiros que se dizem católicos — segmento que representa 53% da amostra populacional do Datafolha.
Disputa pela fé
Ambas as campanhas veem nesse cenário uma chance de virar votos. Nos últimos dias, tanto Lula e o PT quanto Bolsonaro e o PL trataram de rebater notícias falsas envolvendo o eleitorado religioso.
A “guerra santa” também inclui as esposas dos dois candidatos. Evangélica, Michelle Bolsonaro inaugurou a provocação, ao discursar em Belo Horizonte, há duas semanas, dizendo que o Planalto era “consagrado a demônios”.
“Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca. Eu vou continuar louvando nosso Deus. Vou continuar orando. Porque, por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar (Palácio do Planalto) foi consagrado a demônios”, afirmou.
A declaração da primeira-dama provocou reação imediata de Lula. No discurso de largada da campanha, em São Bernardo do Campo, ele disse que, “se tem alguém possuído pelo demônio, é Bolsonaro”.