Preocupada com a segurança do candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Polícia Federal colocou atiradores de elite (snipers) nos prédios ao redor do local onde será realizado o segundo comício oficial da campanha do ex-presidente, nesta quinta-feira (18), em Belo Horizonte (MG).
A segurança do presidenciável, que é de responsabilidade da Polícia Federal, cogitou cancelar o evento por avaliar que o local, uma praça pública, seria muito inseguro. Além dos atiradores, agentes estarão à paisana entre os apoiadores para identificar qualquer ação suspeita.
Como reforço na segurança, a corporação fez ainda uma varredura com a intenção de identificar possíveis explosivos nas proximidades, mas não encontrou nada.
Esquema de proteção
Pelo menos 300 policiais estão destacados para atuar na proteção dos presidenciáveis. A preocupação maior é com o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada em 2018, e com o ex-presidente Lula, que teve uma comitiva atacada a tiros no Paraná na pré-campanha do mesmo ano.
Uma resolução com os termos e orientações de segurança foi elaborada. A instrução normativa, à qual o R7 teve acesso, destaca que, ao requerer as equipes, deve ser apresentado “relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco ao candidato” e que o protegido deverá assumir o “compromisso de apresentação de agenda prévia […] com antecedência mínima de quarenta e oito horas da ocorrência do evento contendo os detalhes conhecidos”.
A corporação pode recomendar que o evento seja suspenso ou adiado. Caso o candidato se recuse, ele se responsabilizará pela própria segurança e por eventuais riscos. Quem não quiser a proteção deverá apresentar “termo de dispensa”.
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