O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que os vídeos de uma suposta produção audiovisual, que mostra a representação de um atentado contra o chefe do Executivo, demonizam sua imagem. Ele falou neste domingo (17.jul.2022) em conversa com jornalistas em Brasília (DF). Bolsonaro disse não saber se a intenção do conteúdo é ter repercussão internacional. No sábado (16.jul.), circularam nas redes sociais fotos e vídeos de uma representação do presidente ferido e caído ao lado de uma motocicleta. A cena foi atribuída ao filme “A Fúria”, sob direção do cineasta Ruy Guerra.
“Seria uma cena com a Floresta Amazônica sendo incendiada, eu em uma motociata sendo parado e executado”, explicou Bolsonaro. De acordo com ele, outros vídeos da produção estão sendo divulgados, no qual pessoas atiram contra ele e o símbolo da suástica é reproduzido em seu peito. “Foi muito bem feito o vídeo, a ‘cara’ que está ali é exatamente parecido comigo”, completou Bolsonaro. O ministro da Justiça, Anderson Torres, determinou o encaminhamento do caso para investigação pela Polícia Federal. Procurada pelo Poder360, a produção do longa-metragem afirmou que a cena foi retirada de contexto e que a divulgação das imagens é ilegal. A produção informou que o filme será lançado em 2023 e que não tem “qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news”. Leia a íntegra da nota enviada pela produção do filme: “Circula na internet uma imagem captada sem autorização de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio.
“Ruy Guerra filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real. “O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada. “Esclarecidos estes fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz.