Brasil – Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o pai de Amanda Ribeiro, de 10 anos, encontrada morta no último sábado (11), em Anajás, no Marajó, pedindo para que o deixem em paz e parem de inventar informações sobre uma suposta dívida na qual ele estaria envolvido. Identificado como Anderclei Sobrinho, o homem diz que prestou depoimento na delegacia logo após enterrar a filha.
“Parem com isso… Deixa eu sofrer meu luto em paz! Porque eu tô sofrendo. Vocês tão me acusando de uma coisa, falando umas coisa aí; eu tô demais sofrendo. Vocês parem, me deixem em paz, que eu sofro demais. Perdi minha filha. Me chamaram na delegacia para depor. Eu tenho problema de ansiedade. Estava a peso de remédio. Não sei nem o que eu falei lá. Aí ficam falando que eu estava devendo. Tudo isso não conta. R$ 400,00. Isso não é dinheiro para matarem a minha filha”, afirmou.
Anderclei Sobrinho destacou, ao se dirigir à irmã de Amanda: “Tu achas mesmo que eu deixaria matar a tua irmã por isso? Eu não amava vocês demais, minha filha? “. Em seguida, prosseguiu.
“Me deixem em paz, não façam isso comigo. Eu estou sofrendo demais. Pelo amor de Deus! O delegado me chamou lá, numa situação, eu estava a peso de remédio, sofrendo, acabava de enterrar a minha filha, acabava de chegar do cemitério, me falando que eu merecia estar dentro de uma saca, quando carregaram um pai frouxo, me fizeram um bocado de perguntas, eu não sei nem o que eu respondi, porque é pressão, sem saber o que fazer, sem saber, só pensando na minha filha que eu perdi. Pelo amor de Deus, não faça isso.
Amanda Ribeiro tinha 10 anos e desapareceu na terça-feira (7), após se perder. Ela vagou pelas ruas da cidade de Anajás até não ser mais vista. O corpo dela foi encontrado no sábado (11), amarrado debaixo de um trapiche e com sinais de mutilações. O corpo da criança foi submetido a perícias para elucidar outros pontos, como confirmação de que ela tenha sofrido violência sexual.
Os suspeitos serão interrogados para tentar elucidar o caso definitivamente, explicando se havia mais pessoas envolvidas no crime que chocou a pequena cidade da região do Marajó. Helder elogiou o trabalho dos policiais. Nesta segunda, familiares e amigos da família de Amanda previam uma manifestação contra a violência sofrida pela criança.