Após 21 dias de internação em hospitais de São Paulo, morreu Tainara, a jovem que havia sido atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, no fim de novembro. O caso ganhou grande repercussão e comoveu o país pela gravidade dos ferimentos e pela luta da vítima pela sobrevivência.
Desde o atropelamento, Tainara permaneceu internada em estado grave, passando por diversas cirurgias ao longo das últimas semanas. Em decorrência das lesões causadas pelo impacto e pelo arrastamento, a jovem perdeu as duas pernas. Mesmo diante de um quadro extremamente delicado, a equipe médica seguiu realizando procedimentos na tentativa de estabilizá-la e promover a recuperação.
Na segunda-feira (22), Tainara foi submetida a uma nova cirurgia de alta complexidade. Durante o procedimento, os médicos precisaram amputar parte da coxa, como tentativa de reconstrução e controle das complicações, além da realização de uma traqueostomia. Apesar de todos os esforços da equipe de saúde e da resistência demonstrada pela paciente, o quadro clínico evoluiu de forma desfavorável, e ela não resistiu.
A morte foi confirmada por familiares por meio das redes sociais, em uma mensagem marcada por forte comoção e despedida. “Oi meus amores, boa noite. É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou. Descansou. Agradeço todas as mensagens de oração, carinho e amor que vocês tiveram comigo e pela minha filha. Ela acabou de partir desse mundo cruel e está com Deus. É uma dor enorme, mas acabou o sofrimento, e agora é pedir por justiça”, escreveu um familiar.
O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, e familiares e amigos cobram justiça pelas circunstâncias do atropelamento. A morte de Tainara reacende o debate sobre a violência no trânsito e a responsabilidade de motoristas, além de provocar uma onda de solidariedade nas redes sociais, onde centenas de pessoas prestam homenagens e mensagens de apoio à família.